Esse site tem o objetivo de relatar todo o conhecimento sobre o homem e Deus.Como fazer para crescer espiritualmente,ser uma pessoa melhor, mais sábia. Desde materiais,mensagens e grandes homens que marcaram o mundo com sua luz. Esse site despretensioso tem a finalidade de que possa ser útil para ir em busca do autoconhecimento e despertar da consciência, acordar do sonho físico que nos limita tanto.Despertar do sono para podermos encontrar a alma, o Deus que habita o interior de cada ser.

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Historia de Nârada


Houve um grande deus-sábio chamado Nârada. Assim como há grandes sábios entre a humanidade, há grandes yogues entre os deuses. Nârada foi um bom e muito grande yogue. Viajava por toda a parte. Um dia atravessava uma floresta, quando viu um homem que estivera meditando tanto tempo na mesma posição que as formigas brancas tinham construído em torno de seu corpo um grande monte de terra.

Ele disse a Nârada:

- Para onde vais?
- Vou para o céu.
- Então pede a Deus que tenha piedade de mim, quando eu alcançar a libertação.

Mais adiante Nârada viu outro homem, que por ali estava saltando, cantando e dançando, e lhe disse, com voz e gestos alucinados.

- õ Nârada, aonde vais?
- Vou para o céu.
- Então pede a Deus que eu me veja liberto.

Nârada continuou seu caminho. Com o correr do tempo tornou a passar por aquela mesma estrada e lá estava o homem que estivera meditando, com o monte das formigas em torno de seu corpo. Este lhe indagou:

- Oh Narada, pediste por mim ao Senhor?
- Oh! Sim.
- Que disse Ele?
- O Senhor me disse que alcançarás a libertação dentro de mais quatro nascimentos.
Então, o homem começou a chorar e a gemer, dizendo:
- Meditei a ponto de as formigas construírem sua casa em torno de mim, e ainda tenho que esperar quatro
nascimentos!

Nârada seguiu seu caminho, e encontrou o outro homem.

- Perguntaste a Deus o que te pedi?
- Oh! Sim. Estás vendo aquele tamarindeiro? Terás de renascer tantas vezes quantas são as folhas daquela
árvore; então alcançarás a libertação.

O homem começou a dançar de alegria, dizendo:

- Oh, estarei liberto em tão curto tempo!

E ouviu-se uma voz:

- Meu filho, estás liberto desde este momento.

Foi essa a recompensa da sua perseverança. Este estava pronto a trabalhar através de tantas existências, e nada o desencorajava. Mas o primeiro achara as quatro existências um tempo demasiado longo.Tão-só uma perseverança igual à do homem disposto a esperar durante anos traz consigo os mais altos resultados.





A TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA MEDITAÇÃO

Havia um jovem que não conseguia de forma alguma sustentar sua família. Era forte, vigoroso e, finalmente, transformou-se num bandoleiro de estradas; ele atacava as pessoas, roubava-as e, com o dinheiro, sustentava seu pai, sua mãe, esposa e filho. Isto prosseguiu continuamente, até que, certo dia, um grande santo chamado Narada caminhava quando foi atacado pelos bandoleiros.O sábio perguntou ao assaltante: "Por que você vai me roubar? É um grande pecado roubar seres humanos e matá-los. Por que você está cometendo este pecado?" O ladrão disse: "Porque eu preciso sustentar minha família com este dinheiro." "Ora," disse o sábio, "você acha que eles também compartilham do seu pecado?" "Certamente que sim", respondeu o assaltante. "Muito bem", disse o sábio, "deixe-me em segurança devidamente amarrado aqui; enquanto isso, você vai até sua casa e pergunta a seus familiares se eles vão querer compartilhar de seu pecado da mesma maneira que irão compartilhar do dinheiro que você irá conseguir."O homem foi então até seu pai e perguntou: "Pai, o senhor sabe como eu o sustento?" Ele respondeu: "Não, não sei." "Eu sou um assaltante, mato pessoas e roubo-as." "O que! Você faz isto, meu filho? Vá embora! Você, fora da lei!" Ele, então, foi até sua mãe e perguntou-lhe: "Mãe, a senhora sabe como a sustento?" "Não", respondeu ela. "Através de roubo e assassinato." "Que coisa horrível!", exclamou a mãe. "Mas a senhora quer compartilhar do meu pecado?", disse o filho. "Por que deveria? Eu nunca roubei", respondeu a mãe. Então, ele dirigiu-se a sua esposa e perguntou-lhe: "Você sabe como eu sustento vocês todos?" "Não", respondeu ela. "Ora, eu sou um assaltante de estradas", ele replicou, "e durante anos tenho roubado as pessoas; é assim que sustento e mantenho todos vocês. E o que eu quero saber é se você está pronta a compartilhar do meu pecado." "De forma alguma. Você é meu marido e é sua obrigação sustentar-me." Então, os olhos do ladrão foram abertos.
"Esta é a lei do mundo - mesmo meus parentes mais chegados, para quem venho roubando, não querem compartilhar do meu destino." Ele voltou para o local onde havia amarrado o sábio, desmanchou seus laços, caiu a seus pés, narrou tudo e disse: "Salve-me! Que posso fazer?" O sábio disse: "Abandone seu curso presente de vida. Você vê que ninguém de sua família, realmente, ama você, então desista de todas essas ilusões. Eles vão compartilhar de sua prosperidade; mas, no momento em que nada tiver, fugirão de você. Não há ninguém que irá compartilhar de seu infortúnio, mas todos compartilharão de seus bens. Portanto, adore Aquele que está ao nosso lado, seja no bem, seja no mal. Ele nunca nos abandona, pois o amor nunca nos causa dano, não conhece barganhas nem o egoísmo."Então, o sábio ensinou a ele como fazer o culto. E este homem largou tudo e penetrou na floresta. Lá prosseguiu orando e meditando, até que se esqueceu de si mesmo de tal maneira que as formigas vieram e construíram cupins ao seu redor e ele estava absolutamente inconsciente disso.Depois de muitos anos se passarem, apareceu uma voz que disse: "Levanta-te, ó sábio!" Assim despertado, ele exclamou:"Sábio? Eu sou um ladrão!" "Não mais um ladrão", respondeu a voz. "Tu és um sábio purificado. Teu velho nome se acabou. Mas, como tua meditação foi tão profunda e grandiosa que tu não notaste nem mesmo os cupins que te rodearam, teu nome será, doravante, Valmiki * - aquele que nasceu no cupim." Assim, ele tornou-se um sábio. (IV. 63-65)* Valmiki é o autor do grande épico "O Ramayana".

Swami vivekananda

O Significado do Jyoti Mudra

Ela é mencionada no livro 'Durga, Saptashati, também conhecida como “Chandi,” em que todos os deuses foram derrotados pelos demônios. Após terem sido derrotados, os deuses meditaram juntos e profundamente no topo da montanha.Desta congregação de deuses em meditação, emergiu uma grande massa deslumbrante e efulgente de energia ou poder. Este é o significado de yoni mudra ou jyoti mudra.Em nosso corpo reside cinco unidades de poderes divinos nos cinco grandes elementos que significam os cinco chacras inferiores no cordão espinal. Estes representam os cinco instrumentos do conhecimento: audição, tato, visão, paladar e olfato.O Senhor do elemento som é Shiva. Através dos ouvidos podemos ouvir os sons. Porém nós nos acostumamos ao som externo. Esta energia biológica externa é o poder demoníaco. Devido a isto nós esquecemos a nossa força da alma. Este é o significado real de Deus ou o Senhor Shiva sendo derrotado pelos demônios. O Deus da sensação do tato é Vishnu. Nós adoramos o Senhor Vishnu como Rama, Krishna, Jagannath etc. Nós estamos envolvidos no desejo, a raiva e as emoções, e não podemos perceber o nosso eu ou a alma interna. Daí, o Deus da sensação do tato, Vishnu está sendo derrotado pelo poder animal e demoníaco.Nossos olhos são atraídos para a beleza externa. Temos esquecido do olho de atma surya (o Sol da alma) que reside em nós. Temos sido cegos pelo véu do esplendor da natureza. Isto é descrito como o Deus Sol desaparecendo pela animalidade e pelos demônios. Em nossa língua, o poder personificado da fala, o grande poder e energia está residindo. Estando envolvido na natureza inferior, nós desnecessariamente nos tornamos uns tagarelas. Tornamos óbvios que este poder da fala é a deusa personificada das palavras. Este é o significado da derrota dos deuses pelos poderes malignos dos demônios.
Nossos olhos são atraídos para a beleza externa. Temos esquecido do olho de atma surya (o Sol da alma) que reside em nós. Temos sido cegos pelo véu do esplendor da natureza. Isto é descrito como o Deus Sol desaparecendo pela animalidade e pelos demônios. Em nossa língua, o poder personificado da fala, o grande poder e energia está residindo. Estando envolvido na natureza inferior, nós desnecessariamente nos tornamos uns tagarelas. Tornamos óbvios que este poder da fala é a deusa personificada das palavras. Este é o significado da derrota dos deuses pelos poderes malignos dos demônios. Em nosso nariz, o órgão do olfato, o Deus Senhor Ganesh está lá. Isto nos capacita a perceber o cheiro. Isto também nos capacita a inalar e a exalar. Sendo atraídos e sobrepujados com os diferentes aromas e cheiros, esquecemos o Senhor Ganesh que é a Alma personificada. Assim, o Deus do olfato é derrotado pelo poder negativo e demoníaco da mente.Pela natureza estes cinco órgãos dos sentidos são voltados para o exterior, a força centrífuga. Estes são dominados pelas forças más e demoníacas a se tornaram impuras. Para fazer com que esta tendência externa vá para dentro, os cinco órgãos externos são fechados com os cinco dedos. Por esta técnica, a luz da sabedoria de Ganesh, no muladhara, a efulgente luz da deusa Kali do swadisthana chacra, a luz efulgente do Sol Deus do manipura chacra, a luz brilhante do Prana Krishna do anahata chacra, a efulgencia da luz do Senhor Shiva do vishuddha chacra e o brilho extremamente incandescente da luz branca de Deus, parambrahman, paramatma do sahasrara mahachakra, se unem e se tornam uma e surge como uma luz branca extremamente brilhosa. Isto é conhecido como um surgimento especial ou materialização deste grande poder divino, destruidor de demônios conhecida como Mãe Durga.De acordo com Shriyukteshwarji, os seis chacras no nosso cordão espinal representam os seis meses na ordem ascendente ou de baixo para cima e seis meses na ordem descendente que é de cima para baixo.

Dentro destes doze meses existem doze grupos especiais de estrelas do zodíaco, nove planetas e 27 estrelas especiais. Pela prática correta do Jyoti mudra da Kriya Yoga, os efeitos malignos das estrelas e dos planetas dos seres humanos são destruídos pelo poder da luz divina de cada chacra. Se esta técnica é praticada com o mais profundo amor, fé e devoção, o brahmajyoti ou o auto efulgente Senhor se torna manifesto. É mencionado nas escrituras :-“āyāhi varade devi tryakshyare brahmavādinē, gāyatrī chhandasāmāta brahmayoni namastute”Pelo praticar o jyoti mudra, o dispensador dos perigos e dificuldades, o auto efulgente e brilhante poder divino se torna manifesto. Daí, a oração nas escrituras ser: Oh, auto efulgente Mãe Divina, por favor, se manifeste e destrua as nossa animalidade e más tendências. Conceda-nos a expressão de A. U. M. ou AUM (OM). Através do qual nós tornar-nos-emos envolvidos no som de Om durante o jyoti mudra. Tu és a manifestação de parambrahman, da conglomeração dos sons no vacum; dos seus infinitos sons, nós poderemos perceber os seus sinais. Dentro de nós se manifestará o Gayatri, ou as tríplices qualidades divinas. A manifestação destas tríplices qualidades divinas são: o som, a luz e a vibração divinos. Estes três poderes divinos sempre se manifestarão em nós. Oh, Fonte e sustentador dos deuses, por favor, nos conceda constantemente em nós a consciência da alma. “Nós nos curvamos diante de Ti, com humildade e amor extremos inúmeras vezes, milhões de vezes”.Isto é descrito como o ritual de sandhya nas escrituras. Após ter conseguido sucesso no sandhya ou samyak dhyaan, a pessoa obtém a perfeição no jyoti mudra e a primeira Kriya Yoga. Como resultado “pratibodha viditam matam amritattwamhi vindate”- Em cada percepção a imortalidade Dele e a sua imortalidade são realizadas.

“karmadhakhya kevalam sarbantaryami, sakhi, chetah, kevalam nirgunascha”-

O verdadeiro e único feitor de todas as ações, o conhecedor de todos os pensamentos mais íntimos, o testemunha, o inspirador da consciência, o puro sem qualidade. Este ensinamento dos Upanishads é realizado. “O Kriya Yogue saadhak pode declarar com convicção, Oh, brilhosa e efulgente Mãe Divina, Tu és o meu Terceiro Olho, por favor, funcione dentro de mim, como o conhecedor de todos os pensamentos”.O trabalho, atividade ou função é 'Kri' ou 'Kru' e o eu interno, conhecedor da alma é 'Ya' – Isto é Kriya Yoga. Ao praticar isto, se obtém o despertar do conhecimento da alma ou atma jagaran ou o Auto-despertar. O seu resultado ou fruto é o estágio - "eu faço coisas, eu consigo as coisas feitas" – o estado do testemunho. Cheta significa, a pessoa realiza a existência absoluta, o conhecimento absoluto e a bem-aventurança absoluta. A pessoa atinge o kaivalya ou o kevala mukti ou a liberdade final devido a realização de Deus em toda ação. Isto também é conhecido como o estado de liberdade das qualidades como a percepção do não nascimento, não morte, do sempre existente e absoluto pranakrishna neste corpo que está sujeito as qualidades. Esta auto-realização ou Cultura da Alma torna-se bem sucedida pela prática perfeita do primeiro estágio da Kriya Yoga original de Babaji Maharaj, Lahiri Baba, Shriyukteshwarji e como ensinada pelo Swami Hariharananda Gerai e os seus discípulos autorizados.

O verdadeiro e único feitor de todas as ações, o conhecedor de todos os pensamentos mais íntimos, o testemunha, o inspirador da consciência, o puro sem qualidade. Este ensinamento dos Upanishads é realizado. “O Kriya Yogue saadhak pode declarar com convicção, Oh, brilhosa e efulgente Mãe Divina, Tu és o meu Terceiro Olho, por favor, funcione dentro de mim, como o conhecedor de todos os pensamentos”.O trabalho, atividade ou função é 'Kri' ou 'Kru' e o eu interno, conhecedor da alma é 'Ya' – Isto é Kriya Yoga. Ao praticar isto, se obtém o despertar do conhecimento da alma ou atma jagaran ou o Auto-despertar. O seu resultado ou fruto é o estágio - "eu faço coisas, eu consigo as coisas feitas" – o estado do testemunho. Cheta significa, a pessoa realiza a existência absoluta, o conhecimento absoluto e a bem-aventurança absoluta. A pessoa atinge o kaivalya ou o kevala mukti ou a liberdade final devido a realização de Deus em toda ação. Isto também é conhecido como o estado de liberdade das qualidades como a percepção do não nascimento, não morte, do sempre existente e absoluto pranakrishna neste corpo que está sujeito as qualidades. Esta auto-realização ou Cultura da Alma torna-se bem sucedida pela prática perfeita do primeiro estágio da Kriya Yoga original de Babaji Maharaj, Lahiri Baba, Shriyukteshwarji e como ensinada pelo Swami Hariharananda Gerai e os seus discípulos autorizados.
Praticando-se o jyoti Mudra, a pessoa pode perceber o brahmajyoti ou o ventre do universo, donde toda a criação nasce. Daí, esta percepção do Divino ser conhecido com a luz das luzes. Durante este período a pessoa obtém a experiência total da percepção da Alma, pela prática de todas as técnicas. khechari mudra, pranayama ou o controle respiratório e a visualização da divina e efulgente luz é a expressão completa do jyoti mudra. Em diferentes escrituras, isto é descrito de modo diferente. Pela prática desta técnica a externa e vagante mente se torna direcionada internamente e se torna introvertida.Paramahamsa Yoganandaji declara: os nossos dois olhos externos só vêem as falsas imagens e ilusões, mas o nosso olho interior ou terceiro olho vê a Alma. O propósito da prática do jyoti mudra é ver, perceber o todo penetrante, onipotente e onisciente Senhor, Deus. A percepção do terceiro olho ou do olho da sabedoria é um assunto da experiência direta, e não de imaginação ou alucinação. No momento em que a mente do yogue se torna introvertida, ocorre a brilhante e efulgente iluminação do terceiro olho. Pela prática do jyoti mudra a pessoa encontra esta unidade com a alma. È por esta razão que Jesus Cristo falou no Evangelho de Lucas – “Quando os seus olhos forem um, o seu corpo se tornará efulgente e cheio de luz”. Em nossos músculos, órgãos do corpo e partes das correntes eletro-magnéticas da energia vital permanecem solidificadas e condensadas. Pelo jyoti mudra, se torna possível percebê-los. De modo a ver esta Efulgencia divina da alma, a pessoa tem que controlar as Energias Vitais internas ou para fora dos cinco sentidos especiais. Ela tem que está concentrada e centralizada no ajña chacra e novamente ser percebida em todos os chacras. Os procedimentos e técnicas disto têm que ser aprendidas diretamente do Guru. Tentar aprender estudando os livros que estão cheios de perigos e erros, a pessoa não deveria perder tempo e energia aprendendo dos livros.

Paramahamsa hariharananda

KRIYA É O INÍCIO DA CONSCIÊNCIA CÓSMICA

A consciência do homem comum se encontra identificada com seus sentidos. Mediante a prática de Kriya Yoga, a consciência se transfere através da coluna vertebral até o cérebro e desta forma se transforma em supraconsciência e, finalmente, em Consciência Cósmica. Com a prática fiel de Kriya é possível estabelecer contato com Cristo e outros profetas e mestres; através deles poderá alcançar a união com Deus, o Infinito Espírito. Em tua busca por Deus nas encarnações passadas, você pode ter adorado ídolos ou outros símbolos materiais e possivelmente pode ter recorrido à senda das crenças cegas. Mas ao final, chegou a compreender que as verdades supremas só podem ser descobertas dentro de si mesmo. Finalmente, depois foi possivelmente conduzido a um verdadeiro Guru que pôde mostrar-lhe a forma de encontrar Deus em ti mesmo, nos centros de energia vital e consciência que residem na coluna vertebral. Esta grande inciação te foi conferida a fim de que, mediante Kriya Yoga, possa despertar a consciência divina na coluna vertebral, para criar ali um altar onde possas perceber Deus.Desta forma compreenderá que, ainda que Deus resida até nas formas materiais inquietas e mutáveis, deverá encontrá-Lo a maior parte dentro de você mesmo, na serenidade de tua alma eterna. Adora a Deus no altar da coluna vertebral; dessa forma O contemplarás no templo de todo pensamento e atividade. O Simples fato de você imaginar que está na Consciência Cósmica não fará com que isso se torne real; continuará ligado à consciência do crpo. Mas, ao desconectar a mente dos sentidos, mediante a prática de Kriya, rompe-se temporariamente o fio da consciência mortal e corpórea, e sua consciência se harmoniza com os centros das percepções superiores que se encontram na coluna vertebral. Quando se percebe na coluna vertebral uma certa sensação beatífica [que será descrita posteriormente com maiores detalhes], as correntes de energia vital se retiram dos nervos sensitivos e se concentram na coluna vertebral, produzindo uma relaxação sensorial perfeita. Mediante a prática desta técnica, o yogue pode controlar as percepções dos sentidos da mesma forma que alguém conecta e desconeta o interruptos da luz elétrica. O yogue não perde sua consciênca ao desconectar seus sentidos; quando o desejar, pode “conectar” novamente e voluntariamente as percepções dos seus sentidos. Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que não nasce da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” [João 3:5]. É o mesmo que dizer que quando o homem que nasceu no corpo [“água”:sangue] experimenta o nascimento do Ser em forma de Espírito, poderá entrar no Reino de Deus. É por isso que na India as castas superiores são chamados divija, que significa “nascido duas vezes”; assim se faz alusão ao segundo nascimento, ou seja, ao fato de adquirir na coluna vertebral os estados superiores de consciência. Este despertar constitui o batismo mediante o Espírito, a verdadeira iniciação. A vida consciente se caracteriza pela inquietude. Mesmo quando estamos pensando, a mente só está parcialmente ativa no cérebro, já que a mente permanece concentrada primordialmente no corpo e nos sentidos, os quais continuamente enviam informações ao cérebro sobre as sensações corporais.A consciência atua de uma forma predominantemente na língua quando prova os alimentos, na pelo quando percebe o calor ou o frio, nos tímpanos quando escuta os sons, no nariz quando percebe algum odor e na retina quando vê os objetos. Ao exercitar o sentimento, o coração se converte no centro da percepção, quando expressa o poder da vontade, a mente se concentra no ponto situado entre as sobrancelhas [o qual é o centro da vontade] e na execução dos movimentos musculares.

Não obstante, durante o sono, a consciência e a energia se concentram nos órgãos vitais e na coluna vertebral, mas não nos nervos sensitivos ou nos músculos. O estado do sono se caracteriza por um profundo estado de paz que se percebe subconscientemente. Sem dúvida, quando a consciência e a energia se retiram dos nervos sensitivos e dos músculos, e se dirigem até a coluna vertebral mediante a meditação de Kriya, o yogue disfruta conscientemente de um estado de serena percepção e paz. O propósito de Kriya Yoga é magnetizar a coluna vertebral fazendo circular a corrente vital ao longo dela, ao retirar temporariamente as correntes vitais dos nervos sensitivos e dos órgãos involuntários, a fim de concentrá-las nos centros vitais e da consciência que se encontram na coluna vertebral. Essa técnica ajuda a efetuar uma modificiação permanente nos centros da consciência, liberando-os da preocupação do corpo mortal, ao estabelecer a mente no altar da consciência espiritual eterna que reside na coluna vertebral. O cérebro e a coluna vertebral são os altares elétricamente isolados onde o poder divino da vida repousa primeiramente antes de sua descida até ao corpo. A partir dos sete centros cérebro-espinhal, a força vital se ramifica até os nervos sensitivos e desta forma mantém a alma ocupada com as percepções materiais. Mediante a prática de Kriya Yoga, a consciência e a energia passam a se concentrar novamente na coluna vertebral. O yogue sente ali uma ilimitada alegria erternamente nova, no qual constitui uma demonstração de que dentro dele reside a Divindade.

Paramahamsa yogananda

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Vivekananda - Conferências (espanhol)



CONFERENCIAS


Swami Vivekananda



EL MACROCOSMOS


Hermosas son las flores que vemos en nuestro derredor. Hermoso es el nacimiento del sol y hermosas las variadas tintas del ocaso.

Hermoso es el universo y el hombre ha gozado de tan admirable espectáculo desde que apareció en la tierra.

Sublimes son las montañas que infunden un sentimiento de pavor, los caudalosos ríos que fluyen hacia el mar, los desiertos sin senda, el vasto océano, los estrellados cielos.

La suma de existencias a que llamamos Naturaleza ha influido en la mente humana desde tiemp inmemorial y la reacción se ha manifestado en la pregunta: "¿Qué es todo esto y de dónde provino?"

En los Vedas, la más antigua Escritura del mundo, encontramos la misma pregunta. "¿De dónde ha surgido todo cuanto vemos? Cuando nada existía, y las tinieblas cubrían las tinieblas, ¿quién proyectó el universo? ¿Cómo? ¿Quién conoce el secreto?".

La pregunta ha llegado intacta a nuestros días. Millones de veces se ha intentado responderla y otras tantas se ha quedado sin respuesta definitiva.

Pero no han fracasado totalmente las aventuradas respuestas. Cada respuesta contenía una parte de la verdad, y esta verdad se va robusteciendo a medida que transcurre el tiempo.

Trataré de bosquejar la respuesta que inferí de los antiguos filósofos de India en armonía con el moderno conocimiento. Vemos que ya se han resuelto, algunos puntos de esta antiquísima pregunta. El primer punto es que hubo tiempo en que nada existía.

¿Estamos seguros de ello? Trataremos de ver cómo llegaron los filósofos de la antigua India a esta conclusión que no parece definitiva.

De la semilla brota la planta que entallece, ahija y medra hasta convertirse en frondoso árbol que al morir deja la semilla de que brota un nuevo árbol.

El ave sale del huevo, crece, vive, muere y deja otros huevos, semilla de nuevas aves.

Lo mismo sucede con los mamíferos y con el hombre. Todo ser viviente nace de una semilla, de una célula, de una vida rudimentaria, y crece, se desenvuelve, decae y muere dejando de sí la semilla de nuevos seres de su especie.

La gota de lluvia en que juguetea el rayo de sol se levantó del océano en forma de vapor para con otras agruparse en nube y condensarse en lluvia que después volverá a evaporarse.

Las ingentes montañas se van desgastando por la acción de las nieves y las aguas que lentamente las pulverizan en arena arrastrada al océano en cuyo fondo levantan nuevas montañas de futuros continentes para morada de las venideras generaciones.

De la arena surgen las montañas que a ser arena vuelven en el transcurso de los milenios. Si la Naturaleza obedece en todo a la misma ley, y por el método en que forma el grano de arena, forma también los gigantescos soles; si la formación de un átomo está sujeta a la misma ley que la construcción del universo, tendremos que como dicen los Vedas, "al conocer un pedazo de arcilla, conoceremos toda la arcilla existente en el universo".

Si conociéramos la constitución íntima y esencial de un grano de arena o la vida interna de una planta conoceríamos todo el universo.

Aplicando este razonamiento a los fenómenos, vemos que todas las cosas son similares La montaña es una aglomeración de granos de arena y en arena se resuelve. El río es vapor de agua condensado y tornará a ser vapor.

La planta brota de la semilla y produce en el fruto nueva semilla. La vida humana surge de un germen y retorna al germen. El universo tuvo por embrión la nebulosa y a la nebulosa ha de volver.

¿Qué nos enseña todo esto? Que las manifestaciones densas son el efecto, y las sutiles la causa.

Hace millares de años, Kapila, el padre de la filosofía, demostró que toda destrucción significa el retorno a la causa. Si una mesa u otro objeto material se destruye, sus elementos componentes vuelven al repositorio común de donde vinieron a constituirlo.

Al morir el cuerpo de un hombre, las diversas substancias o modalidades de la única substancia, que formaron el cuerpo, vuelven a su primitivo estado. Cuando la tierra se desquicie, sus componentes retornarán al estado que tenían antes de formarla.

Por lo tanto, vemos que el efecto es una diferente modalidad de la causa. Todo objeto material es un efecto que tuvo su causa, y esta causa se manifiesta y se halla presente en la forma del objeto.

Cuando el objeto se destruye, desaparece la forma, el efecto, pero la causa o materia constituyentes del objeto queda permanente. Por otra parte, vemos que las formas vegetales, animales y humanas nacen, se reproducen y mueren en indefinida repetición.

La misma ley cabe aplicar al universo en conjunto, y los soles con sus planetas se resolverán algún día en su materia original, que dará origen a nuevos soles y planetas.

La semilla no se convierte súbitamente en árbol. Permanece algún tiempo bajo el suelo en oculta :y sutil actividad hasta que se descompone como tal semilla y arraiga en la tierra y brota del suelo para entallecer, ahijar y medrar al fin en corpulento árbol.

Asimismo el universo tuvo en un principio su período de gestación invisible e inmanifestada, a que se llama estado caótico, hasta surgir a la plena manifestación.

Pero en vista de que todo efecto tiene su causa y esta causa es la sutil modalidad del efecto, se infiere que también el universo debió de tener su causa y no pudo surgir de la nada sino que fue consecuencia de un precedente universo, como la planta es consecuencia de una semilla precedente. Tal es la evolución de los universos.

Además, toda evolución ha de estar precedida por una involución. La célula de que se origina la forma humana tiene en sí involucionada esta forma, como la semilla tiene en sí involucionado el futuro árbol.

Así vemos que no es posible que de la nada salga algo. Todo es desde la eternidad, sin principio ni fin en cuanto a esencia, pero con principio y fin en cuanto a forma y existencia.

En las formas ínfimas de la vida, donde comienza la evolución, está involucionado el espíritu de Dios, que anima a todas las formas y gradualmente se va manifestando a medida que evoluciona la forma hasta manifestarse plenamente en este mundo físico, en la superior forma humana.

Según la ley de la conservación y transmutación de la energía, no es posible obtener rendimiento útil de una máquina si previamente no le aplicamos la energía que ha de transmutarse en trabaj mecánico.

En el universo no se aniquila ni un átomo de materia ni un ergo de energía. Se transmutan, pero se conservan. Por lo tanto, el hombre perfecto, el hombre divino, el hombre liberado, el hombre celeste estaba involucionado en el protoplasma que inició la evolución..

De esta suerte se explica que de Dios procedan todas las cosas :y todos los seres y a Dios hayan de volver.

Varias veces se me ha preguntado por qué llamo Dios a la suprema Inteligencia involucionada en el universo, y respondí que porque no encuentro palabra mejor apropiada, pues con el nombre de
Dios en diversos idiomas se ha dirigido al único y supremo Ser la humanidad en sus dichas y esperanzas, angustias y temores, anhelos y aspiraciones, de suerte que la palabra Dios está estereotipada desde tiempo inmemorial por los sabios que comprendieron su genuina significación aunque el vulgo ignorante la haya adulterado con groseras supersticiones.

Si nos fijamos en la ley de asociación, veremos que la palabra Dios está íntimamente relacionada con las ideas de infinidad, omnisciencia, omnipotencia, bondad, verdad y belleza; que con esta palabra han adorado al Ser infinito millones de almas humanas y la han identificado con todo lo noble y óptimo en la humana naturaleza.

Vemos que todas las modalidades de la energía cósmica son las diversas manifestaciones del supremo y absoluto Dios. Todo cuanto en el universo existe emanó o mejor diríamos fue proyectado por Dios y es de Su misma esencia.

Refulge en los astros y está presente en tierras y mares, en la lluvia y en el aire, en el cuerpo humano, en las flores y en las aves, en los animales y plantas, en el que habla y en el que escucha.

Dios es esencialmente la causa material y eficiente del universo. Está involucionado en la célula y vuelve a manifestarse como Dios en el otro extremo de la evolución.


Así dicen los Upanishads:

"Tú eres el hombre. Tú eres la mujer. Tú eres el joven. Tú eres el viejo apoyado en el bastón. Tú estás en todas las cosas. Lo eres Todo ¡oh!, Señor."


Esta es la única solución del problema del Cosmos que satisface a la inteligencia humana. En una palabra: de Él nacemos, en Él vivimos ya Él hemos de volver.


* * *






EL MICROCOSMOS


Por ley natural desea el hombre examinar el mundo exterior por medio de los órganos de los sentidos. El ojo no puede menos de ver y el oído de oír y los demás sentidos de percibir las sensaciones del mundo exterior cuyas bellezas cautivaron desde un principio la atención del hombre, por lo que al mundo exterior se referían las primeras preguntas que al contemplarlo brotaron de la mente humana.

Buscaron los hombres primitivos la solución del misterio en los astros, en los ríos, mares y montañas; y en todas las religiones antiguas hallamos huellas de la investigación del mundo externo a que a tientas se entregó en un principio la mente humana.

Forjó el hombre en su imaginación dioses representativos de cuanto sin comprender la causa veí en el mundo, exterior, y así hubo dios de las aguas, de los vientos, de los mares, de los ríos, de las montañas, de la tierra y del cielo, del sol y de la luna, de suerte que todas las hoy conocidas fuerzas de la Naturaleza estaban representadas en simbólicas divinidades, que para las gentes eran entonces entidades tan antropomórficas como para el vulgo del día lo es el único Dios.

Según adelantó la humanidad en su evolución, ya no le satisficieron estas divinidades, pues la observación y la experiencia demostraron la naturalidad y descubrieron la causa de lo que un tiempo le pareció obra de los dioses.

En consecuencia, los pensadores apartaron la atención del macrocosmos y la convirtieron al microcosmos, la abstrajeron de lo externo y la concentraron en lo interno. No hay problema cuya solución tan de cerca interese al hombre como la de su verdadera naturaleza, y en toda época y país, sabios y reyes, ricos y pobres, justos y pecadores se preguntaron unos a otros si había o no, de haber algo permanente en esta transitoria vida, algo que no muriese al morir el cuerpo.

Completaban la mutua pregunta que si en efecto había en el hombre algo inmortal, de dónde dimanaba y cuál era su destino.

Esta pregunta se ha ido repitiendo de generación en generación y volverá a repetirse mientras haya un cerebro que piense.

Sin embargo, no se reitera la pregunta porque haya quedado incontestada ni porque sea incontestable, sino porque las respuestas dadas en las diversas épocas de la historia del pensamiento humano no han satisfecho a todas las mentes, aunque la que los antiguos sabios dieron hace millares de años se va corroborando y esclareciendo a medida que transcurre el tiempo; y por tanto, no hemos de hacer otra cosa que reafirmar aquella antiquísima respuesta.

No pretendemos iluminar con nueva luz tan interesante problema, sino tan solo exponer la antigua verdad en lenguaje moderno, y traducir al pobre idioma humano el pensamiento divino, porque la esencia de este pensamiento late en la mente humana, que por lo mismo será capaz de comprenderlo.

Para ver son necesarias varias cosas. Primeramente, los ojos, porque si uno está normalmente constituido en todo lo demás y carece de ojos, no podrá ver.

En segundo lugar se necesita el verdadero órgano de la visión, que aunque parezca extraño no es el ojo sino el correspondiente centro nervioso del cerebro.

El aparato visual no es más que el instrumento de la visión.

Si el centro nervioso está dañado, el hombre no verá por muy sanos y hermosos que tenga los ojos.

Lo mismo sucede con los otros cuatro sentidos, cada uno de los cuales tiene además de su instrumento de sensación, el correspondiente centro nervioso de recepción.

Así el aparato auditivo no es más que el instrumento que transmite las vibraciones acústicas al centro nervioso del oído.

Sin embargo, no bastan ni el instrumento de sensación ni el centro de recepción, pues ni uno ni otro perciben el objeto externo.

Si, un individuo está leyendo atentamente un libro, enfrascado en la lectura no oirá el toque del reloj al dar las horas; y sin embargo, las vibraciones sonoras se habrán deslizado por los repliegues de la oreja, y puesto en vibración el tímpano y afectado al nervio acústico que las habrá transmitido al correspondiente centro cerebral.

¿Por qué no oye el individuo a pesar de que no falta ningún elemento fisiológico de la audición? Porque quien ve no es el ojo ni quien oye es el oído ni quien huele es la nariz ni quien gusta es la lengua ni quien toca es la mano ni tampoco los correspondientes centros cerebrales, sino algo que no es el cuerpo, y este algo ha de ser forzosamente el verdadero ser del hombre, denominado por los psicólogos con los nombres de alma, ego, jiva, espíritu y Yo, según la escuela o sistema, pero que designan una misma entidad.

Pero el alma o ego dispone de un instrumento peculiar para recibir todas las sensaciones que le transmiten los centros cerebrales. A este instrumento le llamamos mente, y cuando el ego lo concentra en determinado objeto externo, no percibe aunque las reciba, las sensaciones transmitidas por los demás órganos a que no aplica la mente.

Por otra parte, la mente es un vórtice establecido en el organismo invisible del hombre, de un estado de materia incomparablemente sutil respecto de la física, llamada materia mental, que vibra por la ación del ego, y las modalidades de vibración corresponden al funcionamiento de las diversas facultades intelectuales, cuyo conjunto se llama intelecto.

Por lo tanto, el ego es el perceptor y todos los demás elementos son medios transmisores dispuestos en serie, a saber:

1) El órgano externo o instrumento de sensación.
2) El órgano interno o centro cerebral.
3) La mente.
4) El intelecto.
5) El Perceptor, el Ego, el Alma o verdadero ser humano.

Al percibir el ego la transmitida sensación responde a ella, y la respuesta pasa por los primos elementos sensorios, el intelecto, la mente, el centro cerebral y el instrumento de sensación.

Todas estas operaciones se efectúan instantáneamente. El cuerpo de carne y huesos con sus instrumentos de sensación se desintegra al término de la vida física, y cualquier accidente arriesga destruirlo. El cuerpo sutil no perece con el físico, sino que sirve de instrumento al ego en la vida ultraterrena, pero también se desintegra al término de esta otra vida, cuando el ego ha de
reencarnar en un nuevo cuerpo físico y renacer en este mundo con también un nuevo cuerpo sutil según la ley de causación.

Sin embargo, también el cuerpo sutil tiene su proceso de vigor y decadencia mientras está unido al físico, pues vemos que en la vejez se debilitan las facultades intelectuales, aunque no por sí mismas, sino porque se han debilitado sus instrumentos físicos de manifestación y expresión; pero el ego no se debilita ni decae, ya que es inmortal.

El cuerpo físico y el cuerpo sutil no son más que instrumentos del ego. Mientras estos instrumentos son eficaces, el ego puede manifestarse por su medio; pero cuando los instrumentos se desgastan, porque son combinaciones de materia y todo lo combinado y compuesto ha de descomponerse y perecer, el ego ha de renovar sus instrumentos para seguir manifestándose y pasar por las experiencias necesarias para su evolución, El ego no puede evolucionar esencialmente, esto es, que no puede acrecentarse ni disminuirse porque es divino, ni adquirir conocimientos porque es el conocimiento ni tener existencia porque ya es la existencia ni lograr la felicidad porque es la felicidad.

Así vemos que al hablar de la evolución del ego, no significamos que haya de adquirir lo que todavía no posee, sino que ha de ir manifestando etapa por etapa, vida tras vida lo que esencialmente ya posee por su divina naturaleza, lo que de toda eternidad posee.

Las cualidades, atributos y poderes esenciales del ego se reflejan con mayor o menor intensidad en la mente, que a su vez los refleja en el cuerpo físico, de suerte que la diferencia entre todos los seres vivientes no es esencial sino tan sólo de grado de manifestación.

Otro problema se ofrece ahora a nuestro examen. Si el ego humano es de por sí existente, eterno, omnisciente y feliz, no puede haber sido creado y mucho menos de la nada sino que debe ser de la misma esencia que el Ser absoluto e increado, pues de la nada no puede salir algo. Si como afirman los teólogos cristianos que por incomprensión han tergiversado las enseñanzas del Fundador de su religión, creara Dios de la nada una alma para que animase a cada cuerpo fisiológicamente nacido, estaría creando sin cesar almas, pues a cada instante nacen en este mundo cuerpos humanos.

Añaden los teólogos que Dios crea las almas a su imagen y semejanza, como si cada alma fuese una proyección cinematográfica de Dios.

Pero la experiencia y la observación demuestran evidentemente que desde los primeros días de la vida física, se manifiestan las almas de muy distinta manera, aun las de los o nacidos en la misma cuna, criados por la misma madre en el mismo ambiente e influidos por iguales ejemplos, y no es posible que hasta de Dios tan diversas y aun contrarias imágenes y semejanzas.

Lo más lógico y natural, lo más congruente con la razón y la intuición es que el alma humana sea esencialmente divina, no imagen y semejanza sino real identidad de naturaleza con Dios, aunque distinta de Dios, ya que la distinción no supone diferencia.

El oxígeno que en el acto de la inspiración penetra en los pulmones, en las branquias o tráqueas de cuantos seres alientan en el mundo es esencialmente el mismo oxígeno, pero distinta no diferente, la porción de oxígeno que cada cual absorbe.

Así el infinito espíritu de Dios puede sin menoscabo de su indivisible unidad, animar, esto es, ser el alma de cada forma corporal, pero ajustada en su manifestación a las condiciones orgánicas de cada forma. Por lo tanto, pueden ser y son las almas humanas esencialmente idénticas entre sí e idénticas a Dios; y sin embargo, ser distintas unas de otras y distintas de Dios por la diversidad del grado de manifestación.

Estas consideraciones nos conducen a la del tan debatido tema de la reencarnación del ego. Hay quienes encastillados en los prejuicios dogmáticos de un tergiversado exoterismo religioso, afirman apriorísticamente que la reencarnación es imposible; y sin embargo, admiten la notoria imposibilidad de la creación de las almas de la nada y la inmortalidad de estas mismas almas en una vida ultraterrena sin fin.

Evidentemente, si algo pudiera salir de la nada, a la nada habría de volver ; pero el alma humana no salió de la nada ni ha de volver a la nada.

El alma humana, considerada como substancia espiritual, simple e indivisible, existe desde toda eternidad y nunca cesará de existir.


Dice el Bhagavad Gita:

"Ni Yo ni tú ni esos príncipes de hombres, en tiempo alguno hemos dejado de ser ni dejaremos de ser en adelante.

"Lo que no existe no tiene ser, y lo que existe jamás dejará de ser. Los videntes de la esencia de las cosas han percibido esta verdad."


La verdad de la reencarnación no sólo no tiene nada de espeluznante sino que es esencialísima para el bienestar moral de la humanidad. Es la única conclusión lógica a que puede llegar todo pensador reflexivo. Si hemos de existir eternamente después de esta vida, forzoso es que hayamos existido también eternamente antes de esta vida.

Trataré de refutar las más frecuentes objeciones levantadas contra la verdad de la reencarnación, aunque a los convencidos de ella les parezcan pueriles, pues a veces suelen los hombres de mucho talento en su especialidad, soltar puerilidades en asuntos que no son de su intelectual competencia, y con acierto se ha dicho que no hay absurdo sin filósofo que lo defienda.

La objeción al parecer más grave es que no nos acordamos de nuestras vidas pasadas.

Dicho esto con relación a la masa general de la humanidad es innegable, pues si la inmensa mayoría las recordara, no hubiera motivo de discusión; pero dicho con respeto a toda la humanidad sin excepción y en absoluto es una falacia, pues hay quienes recuerdan completamente sus vidas pasadas, y también quienes pueden escrutar las de cuantos se sometan a un examen clarividente.

Por otra parte, nadie recuerda distintamente todos los sucesos, circunstancias, vicisitudes y pormenores de esta misma vida terrena que está pasando, ni cuanto hizo en su infancia; y si de la memoria dependiese la existencia, habríamos de admitir el absurdo de que no existimos en la niñez.

Por otra parte, los instrumentos de manifestación y expresión de que el ego dispone en esta su presente vida no son los mismos que los de que dispuso en una vida anterior, y por tanto no están impresas en el nuevo cerebro físico las sensaciones que se imprimieron en el ya desaparecido cerebro del cuerpo en que actuó el ego en una vida anterior.

En el nuevo cerebro, órgano de la mente, sólo está impreso el resultado, el fruto, la suma algébrica de las experiencias adquiridas por el ego en vidas anteriores, porque en cada vida se manifiesta el ego como el resultado de sus pasadas acciones.

Cuando Krishna, Buda, Cristo y algún otro divino instructor nos hablan implícita o explícitamente de la reencarnación, los positivistas por una parte y los teólogos de bajo vuelo por otra se revuelven contra la verdad diciendo que es locura; pero cuando Huxley o Tyndall afirman algo, se acepta cuanto dicen como si fuera verdad inconcusa, de suerte que junto a la infalibilidad del pontífice romano han declarado dogmáticamente la infalibilidad de los pontífices científicos.

Vemos que no tiene valor alguno la objeción basada en la carencia del recuerdo de pasadas vidas, máxime sin consideramos que según demuestra la experiencia de cuantos por ella pasaron, se recuerdan todas las vidas cuando el hombre alcanza la liberación de la rueda de muertes y nacimientos, esto es, cuando ya no necesita reencarnar.

Entonces reconocemos que las vidas terrenas son como sueños por lo transitorias, que el mundo es a manera de escuela experimental de perfeccionamiento o como escenario en que actuamos cada vez con diferente personalidad en el drama de la vida, y fuimos padres y madres, hijos e hijas, maridos y esposas, parientes y amigos, ricos y pobres, y veremos cuántas veces estuvimos en la cumbre de la terrena exaltación y cuántas en la cima del abatimiento.

Entonces se desvanecerá el deseo de vida senciente y habremos vencido a la muerte.

Después de refutar las objeciones contra la reencarnación, conviene exponer los argumentos que la justifican.

Ninguna otra teoría como la de reencarnación explica racionalmente las profundas diferencias que se observan entre las aptitudes y posibilidades de los seres humanos para adquirir conocimiento.

Ante todo consideremos el proceso de adquisición del conocimiento. Supongamos que voy por la calle y veo un perro. ¿ Cómo sé que es un perro ? Lo refiero a mi mente, en la que hay varios grupos de mis pasadas experiencias encasilladas como si dijéramos.

Tan pronto como recibo una nueva impresión, la refiero a una de las casillas, y al notar que ya existe en la mente un grupo de las mismas impresiones, coloco en aquella casilla la nueva impresión y quedo satisfecho. Sé que he visto un perro porque coincide con las impresiones ya existentes en la mente. Cuando no encuentro en la mente análogas impresiones a la recibida, no me quedo satisfecho y me hallo en el estado mental que llamamos ignorancia, mientras que si la nueva impresión tiene ya sus análogas en la mente, me quedo satisfecho y me hallo en el estado mental que llamamos conocimiento.

Cuando el hombre vio caer por vez primera una manzana del árbol, le extrañó el fenómeno, porque no tenía análogos precedentes; pero conforme se fue repitiendo el fenómeno, agrupó todas las impresiones análogas en una casilla de su mente, y Newton infirió de estas impresiones la ley de la gravitación.

Por lo tanto, vemos que sin un acopio de experiencias e impresiones ya existentes, no sería posible el conocimiento de ninguna nueva impresión; y si según decía Aristóteles, el niño naciera con la mente como una tabla rasa, no podría adquirir conocimiento alguno porque nada habría en su mente a que referir las nuevas impresiones.

Por otra parte, es evidente que la facultad de adquirir conocimiento varía en cada individuo, y esto demuestra que hemos venido a este mundo con nuestro peculiar acopio de conocimentos.

Sólo es posible adquirir conocimiento por medio de la experiencia, y lo que conocemos sin haberlo experimentado en esta vida debimos experimentarlo en una vida anterior .

¿Cómo es innato el instinto de conservación y el temor a la muerte ?

Rompe el polluelo el cascarón, y si viene un águila, se refugia instintivamente el polluelo bajo las alas de su madre.

Pero el instinto es una palabra con que los naturalistas encubren su ignorancia de la causa originaria del temor que tiene a la muerte un polluelo recién salido del cascarón.

Tampoco explica el instinto por qué cuando una gallina empolla huevos de pato, se zambullen derechamente los polluelos en el agua apenas rompen el cascarón. Nunca nadaron antes de entonces ni nadie les ha enseñado a nadar.

Cuando un niño empieza a aprender a tocar el piano ha de atender con sumo cuidado a la tecla que pulsa, pero cuando ya ha aprendido, es instintiva la digitación.

Lo que al principio había de hacer conscientemente no requiere más tarde el menor esfuerzo de voluntad.

Sin embargo, casi todas las acciones que ahora son instintivas pueden someterse al imperio de la voluntad. Pueden regirse todos los músculos del cuerpo y las funciones de digestión y respiración que ahora en la mayoría de la humanidad son involuntarias, aunque esta voluntaria regulación fuera en el hombre ordinario un retroceso y no un adelanto. Este doble método prueba completamente que lo que llamamos instinto es la degeneración en hábito inconsciente de acciones que un tiempo fueron voluntarias.

De conformidad con la ley de que la evolución y la involución son correlativas, vemos que el instinto ha de ser la razón involucionada.

Lo que llamamos instinto en el hombre y en los animales es, por lo tanto, el resultado de pasadas experiencias.

Los investigadores científicos ya admiten que el hombre y los animales nacen con determinado caudal de experiencias, pero no las atribuyen al alma sino a la transmisión hereditaria.

La ley de herencia es innegable, aunque no rige sin excepciones, y en modo alguno se opone a la reencarnación. Por el contrario, la confirma, porque cada ser humano viene a este mundo con el fruto de sus pasadas acciones, para dar en la vida terrena. un nuevo paso en el sendero de su evolución, y al efecto ha de asumir un cuerpo físico adecuado a las condiciones de su karma.

Este cuerpo físico se lo proporcionan los padres, y en consecuencia ha de participar de las condiciones fisiológicas de los cuerpos de los padres o de los ascendientes o de los colaterales. Ha de tener los caracteres de familia.

Si el ego re encarna en tal cuerpo es porque mayormente le conviene como instrumento físico de manifestación y expresión; pero en cuanto a las cualidades mentales y morales no rige la ley de herencia, pues vemos que de padres buenos nacen hijos malos y de padres malos hijos buenos.

Las cualidades y atributos que el ego ha de manifestar en determinada vida terrena no se heredan, son propias del ego, quien obediente a la ley de causación asume los vehículos, envolturas o cuerpos mejor adecuados al cumplimiento de su karma en aquella etapa de su evolución.

Además, si admitimos la verdad de la reencarnación, quedan resueltos muchos puntos nudosos que no pueden resolverse a la turbia luz de las vulgares escatologías.

Según la reencarnación, indisolublemente ligada con la ley de causa y efecto, pues una no puede regir sin la otra, cada cual es hijo de sus obras y el artífice de su propia ventura o desventura, sin que haya de culpar a nadie de lo que le suceda. Cada cual cosecha de lo que siembra.

Cuando el viento sopla, las naves veleras que despliegan sus velas reciben el favorable impulso del viento; pero las que no las despliegan no pueden recibirlo. ¿Tiene la culpa el viento? Tampoco es culpa de Dios que unos , sean dichosos y otros desgraciados en este mundo, pues cada cual por sus obras es el autor de su dicha o de su infortunio.

El infinito futuro está ante nosotros y hemos de tener presente que nuestros pensamientos, palabras y obras determinarán según su índole la de nuestro porvenir.


* * *





INMORTALIDAD



El problema de la inmortalidad del alma ha conturbado desde tiempo inmemorial la mente de vates y sabios, de sacerdotes y profetas, de reyes y mendigos.

El interés del problema no ha decaído ni decaerá mientras el hombre exista.

Varias soluciones han presentado diversas mentes y en todas las épocas de la historia discutieron este problema los pensadores, sin que pierda su perenne actualidad.

A menudo nos olvidamos de este problema entre la tumultuosa lucha de la vida ordinaria; pero cuando muere una persona amada, cesa por un momento el bullicio del mundo y nos preguntamos: "¿Qué hay más allá? ¿Cuál es el destino del alma?"

Todo humano conocimiento deriva de la experiencia y todos nuestros razonamientos están basados en la generalización de las experiencias.

¿Qué vemos al mirar en nuestro derredor?

Un continuo cambio que se repite en el ciclo de nacimiento, desarrollo, reproducción, decaimiento, muerte y renacimiento. Tal es nuestra cotidiana experiencia.

Pero tras esta innúmera variedad de formas desde el ínfimo átomo hasta el hombre perfecto, descubrimos la subyacente unidad.

Vemos que de día en día va sutilizándose la valla que a nuestro entender separaba infranqueablemente unas cosas de otras, y la ciencia moderna reconoce ya la unidad esencial de la materia, como desde hace tiempo reconoció la esencial unidad de la energía.

La materia se manifiesta en variedad de modalidades y en diversas formas animadas todas por la misma vida como continua cadena de que las diversas formas son los eslabones. Tal es la evolución de la forma, de la vida y de la conciencia, que ya de muy antiguo conocieron los primitivos sabios, pero que se renueva a medida que adelanta el conocimiento colectivo de la humanidad.

Pero los antiguos sabios percibieron una verdad que no perciben tan claramente los modernos, y esta verdad es la involución.

La semilla medra en planta. Un grano de arena nunca se convierte en planta.

Todas las posibilidades del futuro hombre laten en el niño, como laten en la semilla todas las posibilidades del futuro árbol.

En germen. están todas las posibilidades de una vida futura, ya esta latencia le llamaron involución los antiguos filósofos de la India. Así vemos que toda evolución presupone una involución. Nada puede evolucionar si no está involucionado y latente en lo que evoluciona.

La ciencia moderna acude de nuevo en este punto en nuestro auxilio. Sabemos por razonamiento matemático que jamás se altera la suma total de la energía operante en el universo. Nada se crea ni se aniquila. Ni un átomo de materia ni una dina de energía.

Por lo tanto, la evolución no puede proceder de la nada sino de una previa involución. El niño es el hombre involucionado, y el hombre es el niño evolucionado. La semilla es el árbol involucionado y el árbol es la semilla evolucionada.

Desde el protoplasma hasta el hombre perfecto no hay más que una vida.

Así como la vida del germen humano es la misma vida del feto, del infante, del niño, del joven, del adulto y del viejo, así también es una misma la vida que en continuo encadenamiento anima todas las formas, desde el protoplasma hasta el hombre, y en consecuencia toda la vida evolucionante ha de estar desde un principio involucionada en el protoplasma.

Sin embargo, no hemos de creer que la vida crezca, que aumente o se acreciente por yuxtaposición de más vida, porque la vida latente e involucionada en el protoplasma es la infinita vida de Dios, independiente de toda condición externa.

Substituyamos la idea de crecimiento por la de manifestación y habremos acertado con la verdad. Las formas perecen y la vida subsiste en nuevas formas que también perecen, aunque subsiste su materia constituyente para construir nuevas formas.

Sin embargo, esto no es la inmortalidad del alma, sino a lo sumo la perenne renovación de las formas.

Ni la materia se puede aniquilar ni la energía deja de existir. Van transmutándose en diversas modalidades hasta que retornan a la fuente de que procedieron.

Esta transmutación se efectúa en ciclos o en espiral, y no en línea recta., porque en el universo no existe en rigor la línea recta, pues lo que en el mundo tridimensional de relatividad llamamos línea recta no es más que un arco infinitesimal de una circunferencia de un círculo de radio infinito.

Por lo tanto, tampoco puede aniquilarse el alma en que está involucionada la cósmica energía de Dios, y ha de recorrer su ciclo de evolución para retornar a Dios.

Por otra parte, todo lo que está compuesto se ha de descomponer algún día, y todo lo que en el universo es el resultado de la combinación de fuerza y materia ha de desintegrarse en sus elementos, que son el akasha o materia primordial y la prana o energía universal.

Todo lo que proviene de una causa ha de dejar de existir y retornar a su causa.

Ahora bien; el alma no es una fuerza ni es el pensamiento. Es la productora del pensamiento, pero no el pensamiento en sí. Es la constructora del cuerpo, pero no el cuerpo.

Vemos que el cuerpo no puede ser el alma porque no es inteligente, y la inteligencia es un poder reaccionante.

Al ver un objeto, los rayos de luz que refleja forman su imagen en la retina y esta imagen la transporta el nervio óptico al cerebro que a su vez la transfiere a la mente y ésta al ego quien reacciona y ve el objeto.

Supongamos que un individuo. está escuchando con profunda atención lo que se le dice, porque es para él interesantísimo, y entre tanto le pica un mosquito sin que note la picadura.

El insecto ha horadado con su trompetilla la epidermis del individuo y los nervios periféricos han transmitido la sensación al cerebro y éste a la mente y la mente al ego, como en el caso anterior; pero el ego está ahora ocupado en escuchar al interlocutor y no reacciona contra la sensación porque no la advierte aunque existe. Puede haber sensación, pero si no hay reacción será lo mismo que si no la hubiera, lo cual demuestra que no siente el cuerpo sino el ego o alma cuando reacciona contra la sensación.

Se conocen varios casos en que un individuo en determinadas circunstancias habló en un idioma que no había aprendido; pero ulteriores investigaciones demostraron que aquel individuo había estado en su niñez entre gentes que hablaban aquel idioma y las impresiones acústicamente recibidas permanecieron almacenadas en el cerebro, hasta que por cualquier causa reaccionó el ego y el individuo fue capaz de hablar en el no aprendido pero escuchado idioma.

Esto demuestra que la mente por sí sola no basta, que es un instrumento al servicio del ego o verdadero ser del hombre, del alma, llamada en sánscrito atman.

En el caso citado, la mente del individuo, cuando niño, recibió las impresiones del idioma que oía hablar en su derredor sin conocer, lo, pero cuando adulto se reprodujeron conscientemente aquellas impresiones.

Como quiera que los modernos positivistas han identificado el pensamiento con los cambios moleculares de la masa cerebral, no saben explicar casos como el referido y se satisfacen con negar su autenticidad.

La mente está unida al cerebro mientras vive el cuerpo, y cuando éste muere subsiste como instrumento del ego en los planos suprafísicos.

El ego es el iluminador, y la mente es el instrumento de que se- vale y por su medio gobierna los órganos o instrumentos externos y recibe la percepción.

Los instrumentos externos reciben las impresiones y las transmiten al cerebro, pues debemos recordar que los órganos de los sentidos o instrumentos externos no son más que receptores y transmisores de las sensaciones a los correspondientes centros cerebrales que a su vez las transfieren a la mente por cuyo medio las percibe el ego.

Así resulta que el verdadero hombre no es el cuerpo ni la mente ni puede ser un compuesto, porque todo lo compuesto se puede ver o imaginar, y lo que no se puede ver o imaginar ni es fuerza ni materia ni causa ni efecto no puede estar compuesto de partes diferentes.

Lo compuesto sólo existe en cuanto abarca nuestro mundo mental, en el mundo de la relación y de la ley de causación, y como el Ser del hombre trasciende la ley no puede estar compuesto, y nunca muere, pues muerte significa descomposición y lo simple y puro y perfecto por esencia nunca puede morir ni tampoco puede vivir en el sentido que tiene la vida en el mundo de la relatividad, ya que vida y muerte son el anverso y reverso de la misma medalla.

Por consiguiente, lo que como el alma humana está más allá de la muerte, debe también estar más allá de la vida de relación.

Nunca nació el alma ni nunca morirá. Es eterna. Es la esencia de toda vida. Los nacimientos y muertes que enumeran las estadísticas demográficas pertenecen al cuerpo y no al alma, porque el alma es omnipresente. Se preguntará cómo puede ser el alma omnipresente, por cuanto si un individuo está en determinado punto no puede estar al propio tiempo en otro punto distinto; pero la omnipresencia a que aludimos se refiere al alma en sí misma y no al alma limitada por las temporáneas condiciones del cuerpo.

Además, si el alma humana ha surgido del seno de Dios debe ser de la misma naturaleza de Dios, y de aquí la identidad esencial de todas las almas y su omnisciencia y omnipresencia, aunque estos que pudiéramos llamar atributos por falta de mejor palabra para expresar la idea, están latentes, inmanifestados en el alma, hasta que llegan a la plena manifestación.

Dice el texto:

"Por El se extiende el firmamento y brilla el sol y todo vive. Es la Realidad del universo. Es el Alma de nuestra alma. Somos unos con El. Somos El."

Doquiera haya dos, habrá temor, recelo, conflicto y lucha. Cuando se reconoce la esencial unidad de todos los seres, que hay un solo Ser manifestado en los seres individuales, no es posible odiar a nadie ni luchar con nadie, por la imposibilidad de odiarse y luchar con uno mismo.

Los odios, enemistades, recelos, envidias y cuanto significa antagonismo proviene del morboso sentimiento dé separatividad, cuando nos identificamos con la forma corporal por haber olvidado nuestra verdadera naturaleza y cedido a los engaños de la ilusión.

Tal es la explicación de la verdadera naturaleza de la vida y la genuina naturaleza de la existencia. Esto es perfección y esto es Dios. Mientras veamos la multiplicidad estaremos obcecados por la ilusión.


* * *





ATMAN



En casi todo cuanto en Occidente se escribe acerca del pensamiento religioso de India, aparece representada principalmente la escuela advaita o monista, y por lo general se figuran los occidentales que en el sistema advaita, tal como lo expusieron en sus obras los profesores Muller y Deussen, se resumen todas las enseñanzas védicas.

Sin embargo, el pensamiento religioso de la India ofrece diversas fases y aunque la advaita o monista es la más racional y científica tiene muchos menos adherentes que las demás fases.

Desde antiquísimos tiempos hubo y sigue habiendo en India diversas sectas religiosas; pero como nunca existió una iglesia organizada jerárquicamente con sus dignatarios y jefe supremo que definiera lo que se había de creer y lo que se había de negar, cada cual estuvo en libertad de formular sus creencias y establecer su filosofía, pues en India la filosofía está inseparablemente unida a la religión, de suerte que una escuela filosófica equivale a una secta religiosa.

Hoy día son numerosas las sectas religiosas de la India y cada año aparecen otras nuevas, como si fuese inagotable la actividad religiosa de la nación.

Las sectas de la India se dividen en dos grandes grupos: las ortodoxas y las heterodoxas.

Son ortodoxas las que creen en los Vedas como eterna revelación de la verdad.

Son heterodoxas las que no reconocen la autoridad de los Vedas.

Las dos sectas heterodoxas existentes hoy en India son los jainos y los budistas que se consideran no ya como sectas sino como religiones distintas del hinduísmo.

Entre las sectas ortodoxas, algunas declaran que los Vedas tienen autoridad superior a la de la razón, mientras que otras opinan que sólo deben aceptarse las porciones de los Vedas acordes con la razón y desecharse las demás porciones.

Las sectas ortodoxas se dividen en tres grupos principales, a saber: los sankhyas, los naiyayikas y los mimamsakas ; pero hoy día sólo existen los mimamsakas o vedantistas, pues los dos primeros no llegaron a constituir secta de índole verdaderamente religiosa.

Entre los vedantistas hay tres principales variaciones de criterio, aunque todos coinciden en la creencia en Dios y en que los Vedas son la revelada palabra de Dios.

Pero esta creencia en la revelación no es por el estilo de la que respecto de la Biblia tienen los cristianos y del Corán los musulmanes, sino que consideran los Vedas como una expresión del conocimiento de Dios; y siendo Dios eterno, Su conocimiento también ha de ser eterno, por lo que son eternos los Vedas.

También admiten todos los vedantistas el concepto de la creación cíclica o sea que los
universos aparecen y desaparecen alternativamente.

Cuando aparece un universo, tiene forma sutil, se va condensando gradualmente, y al cabo de un incalculable período de tiempo se vuelve a sutilizar hasta. que desaparece, y sobreviene entonces un período de descanso, después del cual surge a la existencia un nuevo universo y se repite el ciclo.

Los vedantistas opinan que existe una materia primordial, indiferenciada, raíz de todas las substancias materiales, a que llaman akasha, así como una energía primordial, llamada prana, de la que son modalidades todas las energías operantes en el universo.

Prana pone en vibración el akasha y así se origina el universo que al disolverse retorna todas sus variedades de materia a la indiferenciada akasha.

Todas las fuerzas de la Naturaleza, la gravitación, la, afinidad, la cohesión, la electricidad, la luz, el magnetismo, el pensamiento y la fuerza nerviosa se resuelven al fin de un universo en la energía primordial, en la prana, que entonces cesa de vibrar y en este estado de inacción permanece hasta que comienza el nuevo ciclo.

La escuela dualista cree en un Dios personal, creador y gobernador del universo e independiente del universo y del hombre.

La personalidad de Dios no significa que tenga cuerpo humano, sino que es una Entidad espiritual con los atributos de misericordia, justicia, sabiduría, omnipotencia, digno de alabanza, adoración y amor y amador de quienes le aman.

Es Dios según los dualistas la suma Bondad, la infalible Verdad y la eterna Belleza.

La materia es coeterna con Dios a quien le sirve para construir el universo.

Hay dualistas llamados atomistas, para quienes la materia es una reunión de infinidad de átomos sobre los cuales ejerce Dios su voluntad para crear.

Pero los vedantistas rechazan de plano por ilógica la teoría atómica, diciendo que los indivisibles átomos son como puntos geométricos sin partes ni tamaño que aunque se multiplicaran infinito número de veces quedarían siempre los mismos, pues lo que carece de partes no puede constituir algo que las tenga ni un infinito número de ceros llegarían a formar una unidad.

Por lo tanto, si los átomos carecen de partes y de dimensiones no es posible que con ellos construya Dios el universo.

Así es que los dualistas vedantinos afirman que Dios crea el universo valiéndose de la materia homogénea e indiferenciada.

La inmensa mayoría de hinduístas son dualistas, porque su ordinaria mentalidad es incapaz de concebir algo superior al dualismo.

También vemos que el cristianismo, el judaísmo y el islamismo son dualistas, y han de serlo en consideración a que el noventa por ciento de la humanidad no concibe las abstracciones y necesita plasmar concretamente las ideas y colocarlas en el nivel mental en que ellos se hallan.

Así creen en un Dios completamente separado de ellos, como si fuese un poderoso monarca con su corte y trono en el cielo, al que atribuyen en infinito grado todas las buenas cualidades sin sombra de vicio ni mal.

La primera objeción levantada contra la teoría dualista es que cómo se armoniza con la justicia y la, misericordia y la infinita bondad de Dios la existencia de tantos males en el mundo.

Las religiones dualistas han tenido que inventar al demonio para explicar la existencia del mal; pero los hinduístas dicen unánimamente que el hombre tiene la culpa de que exista el mal en el mundo, porque creen en las leyes de la reencarnación y el karma, y saben que cada cual es el resultado de sus obras pasadas y será mañana el resultado de sus obras presentes.

Vemos que en esta vida cada día modelamos lo que ha de ser para nosotros el día siguiente; y si nuestras acciones son la fragua en que se forja nuestro futuro destino, lógico es inferir que también cabe aplicar el mismo razonamiento al pasado.

Si en una cadena sin fin se repite una misma serie de eslabones, bastará analizar una sola serie para conocer toda la cadena.

De la propia suerte, si en la infinita longitud del tiempo, podemos desglosar una porción y comprenderla, como quiera que las leyes de la Naturaleza rigen igualmente en todos los planos, podrá aplicarse la misma comprensión a toda la cadena del tiempo.

Si durante una corta vida terrena estamos labrando nuestro destino y si todo según ahora lo vemos ha de tener una causa, resulta que lo que actualmente somos ha de ser efecto de nuestro pasado; .y por lo tanto, cada cual labra sin cooperación ajena y por virtud de la voluntad su propio destino.

El hombre y sólo el hombre es el autor de los males del mundo, y así como vemos que de las malas acciones deriva el mal, cabe inferir que el mal existente es producto de las malas acciones pasadas.

Según esta teoría, sólo el hombre y no Dios es el responsable del mal. Nosotros cosechamos lo que sembramos.

Otra doctrina propia de los dualistas es que cada alma ha de lograr eventualmente la salvación. Nadie quedará eternamente condenado. Por muchas vicisitudes que experimente y por acerbos que sean sus sufrimientos, todo ser humano alcanzará la perfección equivalente a salvación de la rueda de muertes y nacimientos, es decir, que no habrán de volver ya necesariamente a este mundo.

Según los dualistas, más allá del mundo terreno hay otro mundo de paz, felicidad, lleno de todos los bienes sin mezcla, de mal alguno, en donde el alma ya no está obligada a reencarnar en la tierra porque aprendió cuantas lecciones podía darle la escuela experimental de las vidas terrenas.

En ese mundo ultraterreno ya no hay aflicción ni enfermedades ni muerte sino eterna felicidad en presencia de Dios, de cuya visión gozarán sempiternamente.

Creen los dualistas que todos los seres vivientes han de alcanzar la suprema bienaventuranza al término de su evolución, pasando del reino mineral al vegetal, del vegetal al animal y del animal al humano para llegar al superhumano.

La esclavitud consiste en la necesidad de nacer y morir, de vida senciente, y según la secta dualista del hinduísmo, hasta los mismos dioses mitológicos están sujetos a la muerte y al renacimiento.

Según el dualista hinduísta, los dioses mitológicos no son entidades sino representaciones simbólicas de ciertos cargos o funciones. Por ejemplo, Indra, el rey de los dioses, representa cierto cargo o función, que durante el actual ciclo desempeñará una alma o entidad espiritual lo bastante evolucionada para merecerlo; y al fin del ciclo renacerá como hombre y le substituirá en el desempeño del cargo otra alma humana que se haya hecho digna de ello durante el actual ciclo.
Así es que según el dualismo hinduísta todos los dioses mitológicos simbolizan oficios o cargos que han sido desempeñados sucesivamente por multitud de almas que terminada su misión reencarnan en forma humana.

Alcanzan esta dignidad de dioses sujetos al renacimiento humano, los que obraron bien durante su vida terrena y auxiliaron al prójimo con el deseo de recibir alabanza de las gentes y la esperanza de ir al cielo, de modo que al morir logran la anhelada recompensa.

Pero así no se salvan de la rueda de muertes y nacimientos, porque la salvación es incompatible con el deseo de recompensa y con la apetencia del fruto de las buenas acciones.

Dios le da al hombre lo que desea. La generalidad de las gentes desean poderío, fama, prestigio y la que llaman gloria del cielo después de esta vida; pero los resultados de las acciones no pueden ser eternos, y aunque duren eones se extinguirán, y los dioses habrán de renacer en forma humana hasta que por absoluta renuncia al fruto de las buenas obras alcancen la salvación.

No sólo se ha de renunciar al fruto de las acciones sino que se ha de matar el deseo de vida senciente y el egoísmo que establece la separación de "tuyo y mío" .

Los dualistas tienen mucha confianza en Dios y dicen que los hijos, los bienes terrenos y cuanto poseen pertenece a Dios.

Por otra parte, los hinduístas dualistas son vegetarianos, enemigos acérrimos de la vivisección y del sacrificio de animales, pues tienen por una de sus normas el respeto a todo ser viviente, aunque su punto de mira sobre el particular no es el mismo que el de los budistas.

Si se le pregunta a un budista por qué se opone a la matanza e inmolación de animales, nos responderá que nadie tiene el derecho de quitar una vida que no ha dado; pero si le hacemos la misma pregunta a un dualista, responderá que porque toda vida pertenece a Dios.

Cuando el hombre llega al punto en que ha desechado las ideas de "tuyo y mío", en que todo lo entrega a Dios, y ama a todos los seres hasta el extremo de sacrificar su vida en beneficio de un animal, y hace cuanto hace sin deseo ni esperanza de recompensa, vibrará en su purificado corazón el amor de Dios.

Para los dualistas es Dios el centro de atracción de las almas, y dicen:

"El imán no atraerá una aguja recubierta de arcilla, pero la a traerá en cuanto se la despoje de la arcilla."

Dios es el imán, el alma humana la aguja, y las malas acciones son la arcilla.

Tan pronto como se purifica el alma, o mejor dicho, en cuanto manifiesta su pureza, pues de por sí es pura, queda atraída por Dios y unida a Dios tan íntimamente como la aguja se une con el imán, pero distinta de El como distinta es la aguja del imán a pesar de su íntima unión.

Cuando el ser humano alcanza la perfección puede asumir cualquier forma y domina todas las fuerzas de la Naturaleza excepto la de creación y gobernación del universo que pertenece exclusivamente a Dios.

El dualismo hinduísta no admite la idea de impetrar de Dios beneficios materiales, sino que estas cosas se han de pedir en todo caso a los seres intermediarios entre Dios y el hombre, como son los devas, ángeles y santos.

Según los dualistas; a Dios se le ha de amar con desinteresada devoción, y les parece blasfemia pedirle tan o cual cosa de las pertenecientes a la vida terrena, pues tarde o temprano recibirá cuanto necesite si lo pide devotamente a los dioses subalternos; pero a Dios sólo le ha de pedir la salvación. Tal es la religión de las masas populares de la India.

Siguen a los dualistas los monistas calificados, quienes afirman que el efecto no es esencialmente diferente de la causa; que el efecto es una modalidad de la causa.

Por lo tanto, si el universo es el efecto y Dios la causa, debe ser el universo la manifestación de Dios, ha de ser el mismo Dios en otro aspecto.

Así afirman los monistas calificados que Dios es a la par la cansa eficiente y material del universo; que es el Creador y el material cuya proyección formó el universo.

El concepto que en los idiomas europeos expresa la palabra "creación" no tiene equivalente en sánscrito, porque ninguna secta religiosa ni escuela filosófica de la India admite la creación en el sentido de producir algo de nada.

Los hinduístas entienden por creación la proyección o emanación de algo ya existente.


Dicen los Vedas:

"Así como la araña teje la tela de su propia substancia, así el universo surgió del seno
de aquel Ser."


Sin embargo, se nos ofrece una objeción. Si el efecto es la causa reproducida ¿cómo puede ser inteligente, ciega e insensible la materia constituyente del universo si esta materia emanó de Dios que no es material sino la suprema y eterna inteligencia? ¿Cómo si la causa es pura y perfecta puede ser el efecto de todo punto diferente?

Los monistas calificados responden diciendo que Dios, el universo y el alma son tres existencias de una misma esencia.

Dios es el Alma, y el universo y las almas individuales son como si dijéramos el cuerpo
de Dios.

Así como el hombre es una. alma encarnada en un cuerpo, así Dios, el Alma suprema tiene por cuerpo el universo y las almas individuales.

Dios es la causa material del universo. El cuerpo puede cambiar, ser joven o viejo, robusto o débil, pero estos cambios no afectan en modo alguno al alma, que es la eterna existencia manifestada por medio del cuerpo.

Los cuerpos nacen, crecen, decaen, mueren y se renuevan, pero el alma es inmutable.

Así el universo es el cuerpo de Dios y en este sentido es Dios ; pero los cambios del universo no afectan a Dios. De la substancia emanada o proyectada de Sí mismo, construye el universo por gradual condensación de lo sutil en lo denso, y al término de un ciclo, se invierte el proceso, lo denso retorna a su prístino grado de sutilidad y al comienzo de otro ciclo surge un nuevo universo.

Tanto los dualistas como los monistas calificados admiten que el alma es esencialmente
pura, pero que las malas acciones la mancillan.

Sin embargo, los monistas calificados expresan mejor el concepto de la esencial pureza del alma, diciendo que su pureza y perfección están contraídas, como la fuerza elástica en un muelle oprimido, y que al infundirse en un cuerpo, se esfuerza el alma en volver a manifestarse tal cuales.

Según los monistas calificados, el alma posee infinidad de cualidades, pero no la omnipotencia ni la omnisciencia.

Toda mala acción contrae la naturaleza del alma y toda buena. acción la dilata, y las almas son porciones de Dios.


Dicen los textos:

"Como de una hoguera brotan millones de chispas de la misma naturaleza, así emanan
las almas del seno del infinito Dios."


También es individual el Dios de los monistas calificados, el repositorio de infinito número de buenas cualidades!. Está en todas partes y en todas las cosas por esencia, presencia y potencia; y cuando las Escrituras dicen que Dios lo es todo, significan que lo interpenetra todo; no que Dios sea una piedra, una pared, sino que está en la piedra y en la pared. No hay en el universo ni un átomo que no esté interpenetrado por la energía de Dios.

Las almas están limitadas; no son omnipresentes. Cuando llegan a la manifestación de todos sus poderes, ya no han de reencarnar, ya no hay para ellas nacimiento ni muerte, y viven eternamente con Dios.

Por último, aparece el monismo puro, el advaitismo, la más hermosa flor de, la filosofía y la religión que ha conocido el mundo, en el que el pensamiento humano llega a su máxima expresión, y aun trasciende el misterio que parecía impenetrable.

El monismo puro es demasiado abstruso para servir de religión a la mayoría de la humanidad, y ni aun en India, donde durante tres mil años prevaleció entre los pensadores, no ha podido difundirse entre las masas, pues verdaderamente es un sistema de difícil comprensión hasta para personas de talento, porque nos hemos acostumbrado a buscar extraño apoyo y deseamos una religión que se acomode a nuestro rutinario temperamento.

Pocos son los capaces de investigar la verdad, menos todavía los que osan aprenderla y ai1n menos los que se resuelven a practicarla con todas sus consecuencias.

Pero todo depende de su flaca mentalidad, pues cualquier idea nueva, sobre todo si es elevada, ha de trazar en la masa cerebral un nuevo surco que trastorna el equilibrio del bien hallado con la rutina.

Están acostumbrados a determinado ambiente y han de vencer una enorme masa de viejas supersticiones de clase, raza, familia y país, aparte de las acumuladas por los vicios de la educación recibida.

Pocos tienen el suficiente valor para desechar interesados prejuicios, concebir la verdad, aceptarla y perseverar en ella hasta el fin.

Los advaitistas afirman que Dios es a la par la causa eficiente y material del universo. Es el Creador y lo creado. Es el universo. ¿Cómo es posible que Dios, puro espíritu, se haya convertido en el universo? Se ha de tener en cuenta que lo que las gentes ignorantes llaman el universo, y cuanto vemos en nuestro rededor y también nuestros cuerpos no tienen existencia real, pues no hay más que una sola y absoluta existencia, la del infinito Ser; y en ella soñamos todos nuestros sueños.

Es el Atman, el Infinito, que trasciende lo conocido y lo cognoscible y en quien y por quien vemos el universo.

Es la única Realidad que en mayor o menor grado se manifiesta en todas las formas y nombres y no tiene sexo porque el sexo pertenece al mundo de la relatividad.

Quienes viven esclavos de la ilusión distinguen entre hombres y mujeres, entre razas y nacionalidades, pero quien ha vencido la ilusión sólo ve en el ser humano la manifestación de Dios.

En todos los seres y en todas las cosas reside el Atman, el puro y siempre bienaventurado Ser, sin sexo ni forma ni nombre, porque la forma, el nombre y el cuerpo son materiales y determinan la diferenciación. Si prescindimos de los hombres y de las formas, queda tan sólo la esencia y se unifica el universo.

¿Cómo conocer al conocedor? No se le puede conocer. ¿Cómo ver a nuestro verdadero Ser? Sólo por introversión, por reflejo sobre Sí mismo.

Así el universo es el reflejo del único y eterno Ser, de Atman, y según caiga el reflejo en buenos o malos reflectores, así será bueno o malo el reflejo que produzca.

En el asesino es malo el reflector, pero no el Ser. En el santo es puro el reflector. El Ser, el Atman, es puro por su propia naturaleza. Es la única Realidad que se refleja en todos los seres.

El conjunto del universo es la Unidad física, mental, moral y espiritual.

Vemos esta Unidad en diferentes formas, y al ser que está limitado en la condición de hombre, le parece dicha Unidad el mundo del hombre, y al que está en superior nivel, le parece un cielo.

El universo sólo tiene una Alma que no nace ni muere ni reencarna, y así el alma humana esencialmente una con Dios, el alma del universo es eterna.

Al leer en el libro de la Naturaleza damos vuelta a las páginas y se suceden con ellas los
sueños de vida.

El advaitismo destrona a todos los dioses que forjaron la imaginación, el temor o la fantasía de las gentes ignorantes y ha colocadoen su trono al Ser del hombre, al Atman más alto que los soles.

No hay libro ni escritura capaz de describir el esplendor del Ser que se manifiesta como hombre, el Dios más glorioso que ha existido, existe y existirá.

Así dice el advaitista que adora a su propio Yo, y que sólo de su propio Yo, de su verdadero ser impenetra auxilio, porque nadie sino su Yo le podrá ayudar, pues su Yo es uno con todos los demás Yos y con la única Realidad.

Cuando alguien llora y gime y suplica y demanda auxilio a una entidad celeste, es porque no sabe que ya está en su interior el reino de los cielos.

Sin embargo, al demandar auxilio lo recibe y cree que la entidad que adoró se lo concede; pero la gracia, el favor, la respuesta provienen del interior del suplicante, aunque éste se figure que se lo otorga la entidad de quien lo impetró.

Ha sucedido a veces que un enfermo oyó una voz que lo llamaba por su nombre y creyó que procedía de alguno de los de la casa la llamada, y al repetirse por tercera o cuarta vez el llamamiento, comprendió que la voz resonaba en su interior .

De la propia suerte, después de buscar el hombre en vano ayuda y amparo y auxilio en dioses externos, vuelve al punto de partida, a su verdadero ser, en donde encuentra al Dios que andaba buscando por montes y valles, en pagodas y mezquitas, en capillas e iglesias, al Dios que imaginaba sentado en un trono de gloria en los cielos.

Pero, ¿cómo es posible que si el verdadero ser del hombre es el mismo, Dios se haya alucinado hasta el punto de no conocerse a sí mismo?

Pero no hay tal ilusión ni desconocimiento sino eclipse temporáneo de la luz. Así como el sol en realidad nunca se eclipsa ni debilita su luz aunque lo parezca cuando se interponen las nubes, y en cuanto las nubes se disipan o se apartan vuelve a; refulgir el sol, pues no está la nube en el sol sino delante del sol, así tampoco se eclipsa la luz de Atman ni está en él la ilusión, sino que en cuanto se desvanece la ilusión se reconoce a sí mismo Atman.

Quien conoce la verdad alcanza en aquel mismo momento la liberación. Las tinieblas se disipan. Cuando el hombre ha reconocido su esencial identidad con el infinito Ser del universo, cuando ha cesado toda separatividad, cuando todos los seres se han identificado con la absoluta Unidad se desvanece todo temor y pierde toda su virulencia la aflicción. Ya no hay celos ni envidias ni odios ni enemistades, porque ¿cómo puedo envidiar ni odiar ni enemistarme ni dañar ni temer ni afligir a otro sin afligir, temer, dañar, enemistarme, odiar y envidiar a mí mismo, puesto que todos somos uno y el mismo?

"De perenne paz goza quien en este mundo de multiplicidad ve al único Ser; que en esta masa insensible. ve al único Ser senciente; que en este mundo de sombras vislumbra la única Realidad."

El dualismo., el monismo calificado y el monismo puro son las tres etapas del pensamiento religioso de la India en su camino hacia el conocimiento de Dios.

La primera etapa es la en que el hombre cree en un Dios individual y extracósmico.

La segunda es la en que ya ve a Dios inmanente en el universo.

La tercera y última etapa es la en que ve a Dios en lo íntimo de su verdadero ser y lo identifica en una sola y única Realidad.

Esta es la última palabra de los Vedas que principian con el dualismo, siguen con el monismo calificado y terminan con el monismo puro o advaitismo.

Sabemos cuán pocos hay en el mundo capaces de comprender y aceptar el monismo y
muchos menos los que una vez comprendido intelectualmente se resuelven a practicarlo.

Sin embargo, estoy convencido de que el monismo entraña toda la ética, toda la moral, toda la justicia y toda la bondad y espiritualidad del mundo de los hombres.

¿Qué significa amar al prójimo como a sí mismo si el prójimo no es esencialmente idéntico a uno mismo? ¿Por qué todos los grandes instructores han predicado la fraternidad humana y los mayores de entre ellos exhortaron a la práctica de la solidaridad de todos los seres viventes?

Porque consciente o inconscientemente, tras todas las absurdas supersticiones, atisbaban la externa luz del verdadero Ser y afirmaban la unidad esencial del universo, que es materia para sentidos, almas para la inteligencia y Dios para el espíritu.

Al hombre que arroja sobre sí los velos de la ilusión del mal le parecerá este mundo un horrible lugar; al que ama y goza de los placeres de los sentidos le parecerá un cielo; mas el hombre perfecto lo identificará con su propio ser.

Tal como la humanidad existe actualmente, en la etapa de evolución por que está pasando, las tres etapas que dejamos explicadas son necesarias, y no se contradicen aunque a primera, vista lo parezca, pues cada una es el complemento o ampliación de la que le precede.

El monista calificado y el monista puro no dicen que el dualismo sea perjudicial, sino que es un punto de vista, un concepto inferior, perfectamente acomodado a la mentalidad de quienes lo aceptan y profesan.

Es un paso adelante en el camino hacia la verdad; y por tanto, no se ha de perturbar a quienes tengan tal concepto de Dios, del universo y del hombre.

Lo único que nos cabe hacer si estamos convencidos del monismo, es considerar a los demás en el punto"en que cada cual se halle y si a ello se presta por su anhelo de más amplio conocimiento, tenderle una mano auxiliadora para elevarlo a superior nivel, pues tarde o temprano, todos hemos de alcanzar la Verdad.


Dice el texto:

"Cuando están vencidos todos los deseos del corazón, lo mortal logra la inmortalidad."




* * *



EL HOMBRE APARENTE Y EL HOMBRE REAL


Desde que el hombre empezó a pensar, tendió su mirada hacia adelante, deseoso de escrutar el porvenir, con el ansia de saber a dónde va después de la desintegración de su cuerpo mortal.

Se han expuesto varias escatologías y sistemas con intento de explicar el enigma de la muerte.

Unos se aceptan y otros se rechazan y así se irán aceptando y rechazando mientras el hombre exista sobre la tierra y no se canse de pensar.

Sin embargo, algo de verdad contienen todas las escatologías religiosas y filosóficas, y no estará de sobra el intento de armonizar las que más contradictorias parezcan.

El tema capital de la, filosofía vedantina es la indagación de la unidad, pues la mentalidad índica no cuida de la particular; siempre busca lo universal.

El tema conductor de la filosofía vedantina está expresado en el siguiente aforismo interrogativo: "¿Qué es lo que una vez conocido se conocen todas las cosas? Y está explicado en el siguiente símil: "Así como el conocimiento de un pedazo de arcilla nos da a conocer toda la arcilla del universo ¿qué será lo que una vez conocido nos dé el conocimiento de todo el universo?

Según los filósofos de India, el universo puede resolverse en la materia primordial a que llaman akasha, de la que son diversas manifestaciones y combinaciones todas las cosas que perciben nuestros sentidos, desde la piedra más dura hasta el gas más sutil, desde el osmio hasta el helio, desde el átomo hasta el sol.

Simultáneamente con la materia primordial existe la energía que la anima. Esta energía es también única y se manifiesta en el universo en las diversas modalidades de energía mental, nerviosa, eléctrica, magnética, lumínica, calorífica y mecánica, según el grado de vibración. A esta única energía se le llama en sánscrito prana.

De la actuación de prana en akasha surge el universo. En el principio de un ciclo, la prana y la akasha, la energía y la materia están en reposo; pero en cuanto comienza a vibrarprana se van manifestando por gradual condensación de akasha los sistemas planetarios con sus mundos y los seres que los pueblan.

Toda manifestación de energía es prana y toda manifestación de materia es akasha.

Al terminar el ciclo, la materia se va sutilizando en orden inverso al en que se condensó, hasta resolverse en la prístina materia primordial o akasha ; y todas las energías de la Naturaleza se resuelven en la. única y primordial energía pránica.

Quedan entonces inactivas la prana y la akasha, la energía y la materia primordiales, y al terminar este período de reposo surge un nuevo universo, y se van repitiendo indefinimente los ciclos.

Sin embargo, este análisis no es completo, y aunque ya lo reconoce y admite en su mayor parte la ciencia moderna, no puede ir más allá de lo que alcanzan la observación y la experiencia, por lo que necesario es que prosiga la investigación por otros medios hasta encontrar aquello que una vez conocido se conoce todo el universo.

Hasta ahora hemos reducido a dos elementos primordiales, energía y materia, prana y akasha, la infinita variedad de formas materiales y de fuerzas operantes en el universo.

Pero si consideráramos la energ1a y la materia como principios coeternos y absolutos, no resolveríamos el problema, porque nos faltaría indagar la causa de la energía y la materia, que no pueden existir por sí mismas, ya que no es posible concebir dos principios absolutos, dos efectos sin causa, sobre todo cuando vemos que tanto la energía como la materia, se conducen siempre invariablemente de la misma manera, obedientes en su acción a ciertas normas a que llamamos leyes, de suerte que parecen esclavas de estas leyes, sujetas a una suprema voluntad.

De aquí que concibamos algo superior y anterior a la energía y a la materia, y a este algo le llama la filosofía vedantina Mahat que significa la Mente universal, de cuya condensación resulta la energía y de la condensación de la energía resulta la materia, aunque también cabe concebir que en vez de sucesión de los términos mente, energía y materia, haya simultáneo desdoblamiento de la mente en energía por un lado y de materia por otro.

Ya expusimos en conferencias anteriores y demostramos con adecuados ejemplos; que ni el ojo ve ni el oído oye ni el olfato huele ni la lengua gusta ni las manos tocan por sí mismas, ni tampoco perciben las sensaciones los nervios y el cerebro, pues todos son instrumentos o medios de transmitir las sensaciones que realmente percibe el alma, el ego, el verdadero hombre, que sin remedio ha de ser permanente y fijo, sin esencial variación posible.

Un símil esclarecerá esta idea. Cuando queremos fotografiar un objeto, es necesario que este objeto se mantenga quieto si es semoviente, pues los rayos de luz se han de enfocar en algo que no se mueva.

De la propia suerte, el receptor de la sensación ha de estar fijo en el punto focal del órgano que la transmite, y decir que ha de estar fijo, equivale a decir que ha de estar atento cuando hablamos del ego, alma o verdadero ser del hombre.

Por lo tanto, entre la continua mudanza de nuestras sensaciones, pensamientos y emociones que varían a cada punto, entre la incesante asimilación y desasimilación de las moléculas constituyentes de nuestro cuerpo físico, la experiencia nos demuestra que hay en nosotros algo permanente, algo que no muda ni cambia, que mantiene la unidad en medio de tanta diversidad, algo individual. Este algo es el alma, el ego, el jiva, el hombre real que trasciende el cuerpo y la mente.

Así como más allá de la mente humana hallamos el alma humana, así también más allá de Mahat, de la Mente cósmica que se desdobla en prana y akasha, hallamos el Alma cósmica, el Alma del universo, en una palabra, Dios.

Tenemos en consecuencia que la Mente divina, la Mente de Dios, al bajar su tónica vibratoria se desdobla en prana y akasha.

¿Sucede lo mismo en el hombre individual? ¿Es su mente condensación vibratoria de su alma, y su cuerpo condensación vibratoria de su mente? ¿Son su alma, su mente y su cuerpo tres entida.des o existencias diferentes o son distintos estados de existencia de una sola y única entidad?

Procuraremos ir respondiendo sucesivamente a estas preguntas. En primer lugar vemos el cuerpo físico con sus órganos; más allá de los órganos está la mente con su intelecto, y más allá el alma, distinta de la mente y del cuerpo.

Sobre este punto están divididas las opiniones religiosas. Dicen los dualistas que por ser el alma distinta del cuerpo y de la mente, por no estar compuesta de energía y materia, ha de ser inmortal.

Mortalidad significa descomposición, y lo simple no puede descomponerse; pero lo único simple en el universo es el espíritu, y si la energía y la materia son condensaciones de la mente, y la mente es una condensación del espíritu, resulta que para que sea el alma humana, ha de ser espiritual, y si es espiritual ha de ser esencialmente idéntica a Dios, que también es espíritu, y no puede haber substancialmente dos clases de espíritus.

Por lo tanto, el alma no puede haber sido creada de la nada ni ser diferente de la esencia de Dios, porque entonces tendríamos que el espíritu humano sería diferente del espíritu de Dios, lo cual es absurdo.

Según la filosofía vedantina, cuando el cuerpo muere, el alma sigue viviendo, y la energía vital se concentra en la mente, que entonces forma el cuerpo, envoltura o vehículo del alma.

En la parte más sutil de este cuerpo mental que subsiste en todas las encarnaciones, permanecen las impresiones recibidas por el alma durante la vida terrena que acaba de pasar.

Expliquemos algún tanto este punto. La mente humana ,está constituida por una masa de materia mental semejante a la masa de agua que forma un lago. Cada pensamiento puede compararse a una ola levantada en el lago de la materia mental.

Así como en un lago se levantan las olas y después se desvanecen, así en la materia de la mente se están levantando de continuo olas mentales que se abaten, pero no se desvanecen por completo sino que dejan su huella de modo que pueden aparecer y surgir de nuevo en cuanto se reproduzcan las circunstancias que las levantaron.

La memoria no es más que la facultad de reavivar estas olas mentales que han permanecido amortiguadas.

Así, todo pensamiento, toda palabra expresiva de un pensamiento y toda obra plasmación de un pensamiento, quedan alojadas, impresas, en la mente, en el cuerpo mental que sirve de envoltura al alma cuando la muerte terrena la despoja del cuerpo físico, y del resultado o suma algebraica de estas impresiones depende el destino ulterior del alma.

Según los dualistas, las almas de los que durante su vida terrena fueron muy espirituales, al morir el cuerpo pasan sucesivamente a la esfera solar, a la lunar y a la ígnea en donde encuentran otra alma ya bienaventurada que conduce a la recién venida a la esfera superior llamada Brahmaloka o esfera de Brahma, donde alcanzan un poder y una sabiduría casi omnímodos y en aquella esfera moran eternamente; pero según los monistas, al fin del ciclo de evolución, se identifican las almas con Dios de cuyo seno emanaron.

Por otra parte, según el hinduísmo dualista, las almas de quienes han sido buenos durante la vida terrena, no por amor al bien en sí mismo sino por apetencia de premio o temor de castigo, van después de la muerte del cuerpo físico a la esfera lunar, en donde hay varios cielos.

Allí se revisten de cuerpo sutiles y gozan de las delicias celestes durante un largo período a cuyo término cae sobre ellas el karma remanente, y descienden a las esferas inferiores hasta llegar a la tierra donde se adhieren a un cereal que eventualmente come un hombre apto para proporcionarles nuevo cuerpo físico.

Por último, los malvados se convierten al morir su cuerpo físico en espectros o demonios y viven en la región intermedia entre la esfera lunar y la tierra.

Unos perturban, tientan y obsesionan a los vivientes en el mundo; otros se muestran amigos; y después de vivir allí por algún tiempo reencarnan en la tierra en formas animales, para más adelante asumir de nuevo forma humana y tener nuevas oportunidades de salvarse.

Así vemos que según la escatología hinduísta, quienes han llegado muy cerca de la perfección y sólo les quedan leves huellas de impureza, van al Brahmaloka por el camino de los rayos del sol; que los que no son ni muy buenos ni muy malos, y han hecho en la tierra buenas obras con deseo de ganar el cielo, van al deseado cielo donde se revisten de cuerpos sutiles; pero han de volver al mundo terreno para seguir esforzándose en alcanzar la perfección; y por último, que los malvados se convierten en espectros o en demonios y al cabo de tiempo encarnan en cuerpos de animales, para después volver a ser hombres con nuevas oportunidades de perfeccionamiento.

El hinduísmo da al mundo terrestre el nombre de Karmabhumi, que significa la esfera del karma, porque en el mundo terrestre elabora el hombre su buen o mal karma.

Cuando un hombre desea ir al cielo y obra bien con este propósito, no elabora mal karma y cosecha en el cielo el fruto del buen karma engendrado por sus buenas obras; pero cuando está consumido el fruto, o agotados los resultados del buen karma, se actualiza el hastaentonces latente mal karma, y para agotarlo ha de volver el alma al mundo de la carne.

Análogamente, los que se convierten en espectros o en demonios permanecen en este estado sin crear nuevo karma, pero sufren las consecuencias de sus pasadas maldades, y después permanecen durante algún tiempo en cuerpo animal, hasta que vuelven a encarnar en forma humana.

Los estados en que se cosechan los frutos del buen o del mal k arma, carecen de la energía necesaria para engendrar nuevo karma, pues sólo tienen por objeto gozar o sufrir.

Cuando el bien o el mal son muy intensos, el karma correspondiente produce rápidos resultados. Por ejemplo, si un hombre ha cometido muchas malas acciones durante la vida y hace una buena acción, el resultado de esta buena acción aparecerá inmediatamente; pero luego de agotado habrá de sufrir el hombre las consecuencias de sus malas obras.

Quienes hacen algunas cosas buenas, pero la tónica general de su conducta no es correcta, recibirán la recompensa debida a sus buenas acciones, y cuando la hayan agotado renacerán en la tierra para agotar su mal karma.

Por otra parte, quienes a causa de sus enormes maldades se conviertan en espectros o en demonios, pero que hayan hecho algo bueno en su vida, encarnarán en forma humana sin pasar por la animal, una vez agoten su mal karma.

En sánscrito se llama Devayana o camino de Dios, el camino al Brahmaloka del que no se vuelve; el camino del cielo temporáneo, se llama Pihiyana o sea el camino a los antepasados.

Según la filosofía vedantina, el hombre es el superior ser del universo, y este mundo de acción el mejor lugar del universo, pues sólo aquí se le deparan oportunidades de perfeccionamiento.

Consideremos ahora otro aspecto de la filosofía.

Hay budistas que niegan la existencia del alma, diciendo que de nada sirve suponer que hay algo que sea el substrato o fondo del cuerpo y de la mente, pues el organismo corporal basta para explicar todos los fenómenos.

A primer examen parece muy poderoso este argumento, pues en cuanto alcanza la investigación externa, el cuerpo es una siempre cambiante masa de materia física, así como la mente es una siempre cambiante masa de materia mental, y lo que produce la aparente unidad entre ambos no existe realmente.

Si imprimimos un rapidísimo movimiento de rotación a una antorcha encendida, veremos una circunferencia luminosa que en realidad no existe pero que parece real a causa del rapidísimo movimiento de la antorcha.

De la propia suerte, la unidad es una ilusión producida por la rapidez con que se mueve la masa de materia que constituye nuestros cuerpos y no hay necesidad de admitir una tercera substancia.

Esta idea budista ha sido modernamente expuesta como si fuese original y nueva por algunas escuelas filosóficas; pero tema capital fue de las enseñanzas budistas que en el universo está cuanto cabe indagar y no es necesario suponerle fundamento alguno.

Cada cosa es un agregado de cualidades, y huelga la hipótesis de una substancia inherente en todas las cosas.

La idea de substancia proviene del rápido intercambio de cualidades y no de algo inmutable que subyazca en ellas.

Vemos que estos argumentos budistas se adaptan fácilmente a la ordinaria experiencia de la humanidad, pues la mayoría de las gentes sólo ven el fenómeno y no cuidan de investigar el nóumeno. El universo les parece una masa de cambios, mudanzas, torbellinos y mezcolanzas, como un mar en perpetuo oleaje.

Así encontramos por una parte la opinión de que más allá del cuerpo y de la mente hay una inmutable e inmóvil substancia; y por otra parte, la contraria opinión de que nada hay inmutable ni inmóvil en el universo, que todo cambia.

El monismo armoniza entrambas opiniones, diciendo que tienen razón los dualistas al suponer algo inmutable subyacente en lo mudable, pues no es posible concebir un cambio sin referirlo a algo inmutable.

Sólo podemos concebir algo mudable, relacionándolo con otro algo que no lo sea tanto, y este otro aparecerá mudable si lo comparamos con algo que lo sea menos y así sucesivamente hasta llegar a lo que de por sí sea inmutable.

El conjunto del universo manifestado debió en un principio hallarse en estado de inmanifestación, tranquilo y silencioso, con las fuerzas en perfecto equilibrio, y precisamente el universo se esfuerza en retornar a su prístino equilibrio.

Aciertan los dualistas al decir que hay algo inmutable, pero yerran al añadir que es un algo diferente de la mente y del cuerpo que subyace en ambos.

Aciertan los budistas al decir que el universo es una masa mudable en que se operan incesantes cambios, pues así parecerá mientras haya observador y cosa observada, sujeto y objeto; pero yerran al creer que estos cambios y distinciones son esenciales del universo.

El alma, la mente y el cuerpo no son tres separadas existencias, sino una sola esencia en tres modalidades de manifestación.

Quien ve el cuerpo no ve la mente; quien ve la mente no ve el alma; y quien ve el alma, prescinde de la, mente y del cuerpo.

Quien sólo ve el movimiento, no ve la absoluta quietud, y quien ve la absoluta quietud no tiene noción del movimiento.

Cuando se confunde una cuerda enroscada con una culebra, se ve la culebra y no la cuerda; pero en cuanto se desvanece la ilusión, se ve la cuerda y no la culebra.

Por lo tanto, no hay más que una sola Existencia que todo lo abarca y se nos aparece múltiple.

A esta única Existencia, única Realidad, única substancia, se le llama en sánscrito Brahmán, en Occidente se le llama Dios, en terminología filosófica el Absoluto y los Upanishads le llaman Aquello, porque no le cuadra nombre alguno.

Aparece Brahmán múltiple por la interposición de nombre y forma.

En el mar no son las olas esencialmente diferentes de la masa total de agua, pues de su seno se levantan. Lo que las distingue es su forma a que le damos el nombre de ola. Al desvanecerse la ola pierde su forma y con ella el nombre inseparable de la forma; pero la esencia de la ola, el agua, retorna a la masa del mar de la que en realidad jamás se separó, puesto que es inseparable en esencia.

Así el universo es la sola y única Existencia en que el nombre y la forma han establecido estas variadas diferencias.

Cuando el sol se refleja en millones de gotas de agua, en cada una de ellas vemos la imagen del sol, y de la propia suerte la única Realidad aparece múltiple al reflejarse en la infinidad de formas del universo.

Por lo tanto, no hay más que un Atman, un Ser, eternamente puro, eternamente perfecto, inmutable, permanente, y todos los cambios del universo son aparentes manifestaciones del único Ser.

Por la forma se distingue del mar la ola. Al desvanecerse la ola, se desvanece la forma.

La existencia de la ola depende de la existencia del mar; pero la existencia del mar no depende de la existencia de la ola.

El nombre y la forma son el resultado de Maya, de lo que sin tener existencia propia establece la distinción entre las cosas.

No puede decirse que la forma exista de por sí, porque depende de la existencia de la cosa formada, y tampoco puede decirse que no exista, pues establece la diferencia entre las cosas.
La forma y el nombre están relacionados con el tiempo, el espacio y la causalidad.

La ciencia moderna ha demostrado la unidad material del universo y que el cuerpo del hombre es un microcosmos, es decir, que está constituido por elementos que también están en el universo.

La partícula de materia que hoy está en el cuerpo de un hombre puede estar mañana en un animal, en un vegetal o en un mineral y viceversa.

La materia constituyente del universo es una masa continua en la que se levantan centros, focos o grupos que asumen forma y reciben nombre.

El mismo universo, desde otro punto de vista, es un océano de materia mental cuyos torbellinos son las mentes individuales y su oleaje los pensamientos.

Cuando esto se comprende, no queda nada de las escatologías hinduístas en su sentido literal, pues no pueden ser las esferas y los ciclos y las regiones lugares dimensionales, sino símbolos de estados de conciencia.

Al leer un libro vuelve el lector las hojas una tras otra. No cambia el lector . Cambia la hoja del libro. Así el universo es un libro abierto ante los ojos del alma, que lee capítulo tras capítulo y se le presentan nuevas escenas en cada uno; pero el alma siempre es la misma. Nunca cambia. El nacimiento y la muerte son propios de la materia, no del alma.

Pero las apariencias engañan y alucinan al que desconoce la realidad, como se alucina y engaña quien por ignorancia cree que el sol se mueve y la tierra permanece inmóvil.

Desde el plano mental en que actúa la mente humana en su concreta modalidad se ve el universo en su aspecto material, y desde el punto de mira de la malicia se ve este mundo terrestre como un lugar de aflicción y castigo, mientras que les parece un paraíso a quienes lo miran bajo el espejismo de su bienestar personal.

Quienes durante su vida terrena soñaron y anhelaron ver a Dios sentado en su trono, rodeado de los coros angélicos y de la corte de bienaventurados, tal como describen el cielo los libros pietistas y las pinturas imaginales, verán al morir su cuerpo todo cuanto en vida alimentaron y se representaron en su mente.

El grave error de la mayoría de, las gentes es creer que esta vida terrena es la única verdadera, y en consecuencia se identifican con su cuerpo, cuando en realidad, en esencia, el alma del hombre es idéntica al Dios del universo.

Cuando así se conoce el hombre a sí mismo, cuando distingue el hombre aparente del hombre real, se rasga el velo que impedía la clara visión, se desvanecen los sueños que le habían torturado en toda una serie de vidas, y reconoce que en su interior está el reino de los cielos, que su cuerpo es el templo del espíritu de Dios, y por tanto su verdadero ser se enaltece más allá de los poéticos y mitológicos cielos, de los simbólicos dioses, porque es infinito y perfecto como el mismo Dios.

Sólo así se libra el hombre de todo temor, cesa la ilusión y entra en el sempiterno reino de la realidad.

Sin embargo, se preguntará si es posible practicar tan abstrusas y al parecer incomprensibles enseñanzas en la vida ordinaria, y respondemos que si bien no todos los hombres están en el grado de evolución necesario para practicarlas, hay quienes viven en el mundo y han vencido la ilusión.

Filosofías, doctrinas, argumentos, libros, teorías, iglesias y sectas son necesarias mientras el hombre recorre el sendero de perfeccionamiento en que gradualmente va manifestado por actualización las potencias de su verdadero ser; pero son inútiles una vez logrado el conocimiento de sí mismo.

Por otra parte, hay quienes suponen que cuando lleguen a reconocer la unidad esencial de todos los seres y todas las cosas, se agotarán las fuentes del amor; pero no tienen en cuenta que, precisamente los mayores bienhechores de la humanidad renunciaron por abnegación a todo lo personal.

Únicamente ama de veras el hombre cuando no cifra su amor en lo mortal y perecedero, cuando el objeto de su amor es el mismo Dios residente en todos los seres, y por esto el amor al prójimo ha de tener por fundamento el amor de Dios.

La mujer amará más intensamente a su marido cuando en él vea a Dios; el marido amará con mayor abnegación y sacrificio a la esposa cuando en ella vea a Dios; la madre amará más tiernamente a los hijos si ve a Dios en ellos; y también amará a su más enconado enemigo quien vea en él a Dios.

Tal será el bien que allegue la humanidad del reconocimiento de la unidad esencial de todos los seres. En vez de luchas, guerras, porfías, contiendas y enemistades, reinará la paz entre todos los hombres porque todos tendrán por prenda de paz la buena voluntad.





Traducido por Federico Climent Terrer, y aparecido como apéndice de la obra “Raja Yoga”, Editor Antonio Roch, España.






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