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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

No coração do himalaya



Por Tomaz Lima

Swami Akhandananda nasceu em 30 de setembro de 1864, em Calcutá. Seu pai era um sacerdote brâmane e professor de sânscrito que praticava yoga e tantra. Também chamado coloquialmente de Gangadhar Maharaj e Baba, Swami Akhandananda foi um dos discípulos diretos do grande mestre Sri Ramakrishna, de quem recebeu o hábito ocre, símbolo da renúncia ao mundo.

Após a morte de Sri Ramakrishna, de 1887 até o retorno de Swami Vivekananda do Ocidente, em 1897, Swami Akhandananda foi a pé, descalço e sem dinheiro, a lugares inacessíveis e muito perigosos, visitando os importantes centros de peregrinação no Himalaya.

Bem mais tarde, tornou-se o terceiro presidente da Ordem Ramakrishna. Foi ele que iniciou, com o apoio e a orientação de Swami Vivekananda, seu gurubhai [irmão em discipulado], o trabalho humanitário de ajuda aos necessitados, que se transformou mais tarde na grande obra caritativa da Ordem Ramakrishna, a Ramakrishna Mission.

Swami Akhandananda redigia muito bem e, em fase posterior da sua vida, ante os insistentes pedidos de admiradores e discípulos, escreveu as lembranças de suas viagens, que foram publicadas em capítulos nas revistas Basumati e Udbodhan, em bengali.

Contendo relatos informativos e eletrizantes sobre homens, países e acontecimentos, além das reflexões filosóficas de um amante de Deus, do ser humano e da natureza, este livro oferece as experiências e reflexões do seu autor sobre o Himalaya e os grandes centros de peregrinação da sagrada cordilheira.

Mesmo tendo viajado pelo mundo inteiro, quando Lucia leu para mim os originais de “No coração do Himalaya”, senti-me transportado, como num passe de mágica, para uma época distante e me vi caminhando por lugares nunca sonhados, ao lado do Swami Akhandananda, um verdadeiro homem de Deus. Este livro é como kalpataru, a árvore que satisfaz os desejos. Há um poder tangível nas palavras de Swami Akhandananda e a impressão que temos é que, por alguma bênção misteriosa, acompanhamos o Swami realmente nas suas peregrinações.

Maria Helena, minha sogra, que passava uns dias conosco em Teresópolis, teve a mesma sensação que a minha. Achou o relato fascinante. “Fiquei encantada”, ela disse. “Para mim foi um passeio maravilhoso. Nunca poderia imaginar que, octogenária, faria uma viagem dessas pelo Himalaya. Não sabia que no meio da neve tivesse tanta flor perfumada, que visitaria as vertentes dos grandes rios e os templos perdidos na cordilheira. A descrição foi tão perfeita que senti as mesmas emoções que o swami descreveu tão bem, seu amor ao próximo e sua compaixão pelos mais necessitados. Este livro é uma preciosidade.”

Não posso deixar de agradecer a todas as pessoas que colaboraram direta ou indiretamente para que este livro fosse publicado, entre as quais não posso deixar de mencionar o Reverendo Swami Nirmalatmananda, diretor espiritual da Ordem Ramakrishna no Brasil, e o Swami Sunirmalananda, que engrandecem o nosso país com as suas presenças.

Mais de cento e vinte anos se passaram desde que Swami Akhandananda visitou o Himalaya. De lá para cá, as coisas mudaram muito. Provavelmente a própria topografia local passou por várias modificações. É bem possível que isso seja uma atração a mais para os leitores de agora, já que as descrições do livro lhes darão uma idéia do prístino encanto da região antes que a beleza da sua natureza fosse maculada pela interferência humana ao longo do tempo.

Muitos locais então inacessíveis são agora alcançados por carros ou aviões. Espera-se contudo que o livro ainda transmita inspiração a todos os que anseiam por algo sagrado neste mundo superficial e rotineiro.




Swami Akhandananda

Relato Extraordinário

Embora escrito há mais tempo, No Coração do Himalaya, o extraordinário relato de Swami Akhandananda das suas peregrinações pelos pontos mais inacessíveis e perigosos do Himalaya, tem muito em comum com a Autobiografia de um Iogue, a obra mais famosa de Paramahansa Yogananda. Em ambos, dois grandes mestres com um nível inimaginável de realização espiritual falam de uma longa e fascinante jornada durante a qual surgem personagens e situações que nos revelam como foi profunda a percepção que seus autores tiveram da grande dádiva de terem passado pelo mundo dotados da ânsia pelo conhecimento e de terem encontrado quem fizesse por eles o que mais tarde eles fariam por toda a humanidade: mostrar o caminho.

Sabor de aventura

No caso de Swami Akhandananda, os dez anos de peregrinação pelo Himalaya, entre 1887 e 1897, tornam-se visivelmente uma metáfora da peregrinação de cada um de nós pelo cotidiano. A sua narrativa tem sabor de aventura, como todos os grandes relatos de viagem em que cada novo episódio surpreende e remete o leitor ao universo das mais famosas sagas da antiguidade, o mesmo sabor das grandes matérias de capa da National Geographic Magazine ou dos melhores documentários produzidos pela televisão. Como livro, No Coração do Himalaya tem o poder surpreendente de satisfazer os que buscam emoção na leitura de grandes aventuras vividas por seus autores com mais intensidade do que qualquer relato fictício, tanto quanto os que buscam na história dos grandes mestres espirituais a inspiração para o seu próprio caminho em direção ao auto-conhecimento. É o tipo do livro que pode ser posto em mais de uma seção de qualquer livraria.

Um grande escritor

Swami Akhandananda (1864-1937) foi irmão espiritual de Swami Vivekananda, tendo também recebido iniciação de Sri Ramakrishna, que na Índia é chamado de “Deus-homem”. Um de seus maiores dons era a grande capacidade para escrever sobre questões delicadas — do caminho espiritual a simples episódios de passagem por lugares exóticos como os de qualquer viajante — com o mesmo encantamento, a mesma verve, o mesmo interesse pelos detalhes. Trata-se inquestionavelmente de um grande escritor.

No Coração do Himalaya, que chega agora ao Brasil em esmerada tradução de Myriam Campello, é um dos lançamentos mais oportunos de 2009. Com ele a LÓTUS DO SABER espera satisfazer a busca, sempre grande, por títulos capazes de fazer com que o leitor se sinta um autêntico companheiro de viagem, partilhando com o autor as emoções de cada episódio, cada momento vivido.



Swami Akhandananda



Fonte: http://www.lotusdosaber.com/Pageslivros/coracao_himalaya.html

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