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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aniversário de Swami Sri Yukteswar



10 de maio aniversário de nascimento de Swami Sri Yukteswar – venerado guru de Paramahansa Yogananda. Swami Sri Yukteswar, exemplo ideal da antiga herança dos rishis iluminados da Índia, é reverenciado como um Jnanavatar ("encarnação da sabedoria") por pessoas do mundo inteiro, que foram inspiradas por sua vida e ensinamentos. Ele manifestou o autodomínio e a realização divina que têm sido a meta mais elevada dos que buscam a verdade ao longo das idades.

Em sua AUTOBIOGRAFIA DE UM IOGUE, Paramahansa Yogananda descreve seus muitos anos de disciplina espiritual no ashram de Sri Yukteswar, em Serampore, Índia. Yogananda escreveu a respeito de seu guru: "Todos os dia com ele constituíam uma nova experiência de alegria, paz, e sabedoria. (…) Sri Yukteswar era reservado e natural em seu comportamento. Nada havia nele do vago ou do louco visionário. Tinha os pés firmes na terra, e sua cabeça, no porto seguro dos céus. As pessoas práticas despertavam sua admiração. ‘A santidade não é tontice! As percepções divinas não são incapacitadoras!’ costumava dizer. ‘A expressão ativa da virtude leva à mais perspicaz inteligência.’

"A intuição de Sri Yukteswar era penetrante; indiferente ao que alguém dizia, comumente respondia aos seus pensamentos. (…) Atrevo-me a dizer que Sri Yukteswar teria sido o mais procurado guru da Índia se sua linguagem não tivesse sido tão franca (…).

"Era assombroso descobrir que um mestre com essa vontade ígnea fosse tão calmo internamente. Ele se enquadrava na definição védica de um homem de Deus: ‘Mais suave que a flor quando se trata de bondade; mais forte que o trovão quando os princípios estão em jogo’."

Nascido em 1855, em Serampore (perto de Calcutá), com o nome de Priya Nath Karar, o intelecto incisivo de Swami Sri Yukteswar e sua sede de conhecimento eram evidentes, mesmo quando era menino. Mais tarde, sua busca pela Verdade o conduziu ao grande mestre Lahiri Mahasaya de Benares, que exaltava a ciência sagrada da meditação de Kriya Yoga como o método mais eficaz para se alcançar a realização divina, e que foi o primeiro a ensinar abertamente essa antiga ciência nos tempos modernos. Com a orientação de Lahiri Mahasaya e por meio de sua própria prática da Kriya, Sri Yukteswar alcançou o supremo estado espiritual.

Santo de visão verdadeiramente universal, Sri Yukteswar reconheceu que a síntese da herança espiritual do Oriente com a ciência e a tecnologia do Ocidente muito contribuiria para aliviar o sofrimento material, psicológico e espiritual do mundo moderno. Sua profunda convicção de que grandes avanços poderiam ser feitos – tanto individual quanto internacionalmente – por meio de um intercâmbio das características mais refinadas de ambas as culturas, foi cristalizada no memorável encontro que ele teve com Mahavatar Babaji, o guru de Lahiri Mahasaya. Seu clássico espiritual, "The Holy Science" ("A Ciência Sagrada"), demonstra e explica a evolução universal da consciência, da energia e da matéria – o espectro inteiro da experiência que chamamos vida.

Foi em 1910 que Sri Yukteswar encontrou o discípulo que Babaji prometera enviar-lhe para disseminar a Ioga no Ocidente: Mukunda Lal Ghosh, a quem Sri Yukteswar posteriormente conferiu o nome monástico de Paramahansa Yogananda. Em 1920, Swami Sri Yukteswar enviou seu principal discípulo, Sri Yogananda, à América, para disseminar o conhecimento da ciência libertadora da Kriya Yoga aos buscadores da verdade ao redor do mundo. Foi para esse propósito que Paramahansa Yogananda fundou a Self-Realization Fellowship/Yogoda Satsanga Society of Índia.

Em 1935, Paramahansaji recebeu de seu guru um chamado intuitivo – um presságio de que os dias de seu guru estavam chegando ao fim – e, assim, voltou à Índia para uma visita de um ano. O seguinte excerto de uma relato feito por Richard Wright, irmão de Sri Daya Mata e um dos dois americanos que acompanharam Paramahansaji nessa viagem, nos dá uma descrição pessoal de Sri Yukteswar: "Era fácil perceber a santidade deste Grande Ser, através de seu caloroso sorriso e de seus olhos cintilantes. Em sua conversa, alegre ou séria, discerne-se rapidamente o caráter positivo de suas declarações – a marca de um sábio – alguém sabedor de que sabe, porque conhece Deus. A grande sabedoria, o vigor de propósitos e a determinação do mestre são evidentes de todos os modos."

Sri Yukteswar entrou em mahasamadhi (a última vez que um iogue deixa conscientemente o corpo) em 9 de março de 1936. Na reportagem sobre a cerimônia do sepultamento de Swami Sri Yukteswar, o Amrita Bazar Patrika, jornal mais importante de Calcutá, relatou: "A Índia encontra-se realmente mais pobre hoje, com o desaparecimento de homem tão notável. Que todos aqueles que tiveram a sorte de se aproximarem dele possam se compenetrar do verdadeiro espírito da cultura e do sadhana indianos, por ele personificados."

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