quinta-feira, 23 de abril de 2009
VIVER DE LUZ: UM POUCO SOBRE TERESA NEUMANN
Sobre Teresa Neumann milhares de artigos e livros foram escritos e não há quem não tenha ouvido falar a seu respeito. Nascida numa Sexta-Feira Santa, em 1898, na aldeia bávara de Kennersreuth, cresceu em ambiente católico e sempre gozou de excelente saúde. Em 1918 adoeceu e foi internada num hospital onde piorou sempre, não podendo mais caminhar e chegando a escarrar sangue. Ao saber da beatificação de Santa Teresa do Menino Jesus teve a sua primeira visão, na forma de "uma luz que pairava sobre sua cama" e de uma voz que lhe dizia que só através do sofrimento encontraria a felicidade. Em 1925 teve outras duas visões, mas o mais extraordinário de tudo quanto lhe diz respeito é o fato de comprovadamente ter Teresa passado nada menos de 33 anos sem ingerir qualquer alimento. O psiquiatra francês Jean Lhermitte, que inclui Teresa Neumann entre os doentes — uma vez que se recusa a aceitar o que não pode compreender —, admite sua sinceridade e acrescenta: "O fenômeno dos estigmas deve ser julgado exclusivamente do ponto de vista dos resultados e frutos da vida de um místico e isso só se revela através de uma perfeição vista depois de sua morte" (Mystiques et faux mystiques).
Teresa Neumann apresentou outros aspectos curiosos, além da estigmatização. Durante os transes em que mergulhava parecia possuir o dom das línguas. Parecia distinguir as pessoas segundo seus merecimentos e grau de progresso espiritual. Perguntada sobre a procedência de uma relíquia, respondia com precisão espantosa, referindo datas e origem.
NADA A EXPLICAR
Em 1927 Teresa Neumann submeteu-se a um primeiro exame médico rigoroso que teve a duração de quinze dias. Observada dia e noite por uma equipe sob a direção do prof. Edwald de Erlangen e do dr. Seidl, ficou provado que nesse período não ingeriu alimento sólido ou água. "Esse fenômeno, a medicina não pode explicar", diz o relatório. O dr. Edwald dizia-se ateu e foi considerado insuspeito por crentes e descrentes. Mais tarde publicou um trabalho em que confirma os termos surpreendentes do primeiro relatório, no qual houve apenas a constatação de fatos extraordinários para os quais se buscou em vão uma explicação dentro da medicina. Outro trabalho surgiu em 1929, assinado pelo dr. Gerlich, que submeteu Teresa a minuciosos exames e observações. Gerlich também era ateu e, depois de conviver com Teresa, concluiu que a ciência "nada podia explicar naturalmente". Converteu-se mais tarde ao catolicismo.
O dr. R. W. Hyneck, de Praga, publicou em 1938 o resultado de seus trabalhos acerca dos fenômenos que cercavam Teresa Neumann, confirmando os resultados de Gerlich e Erlangen, de que não havia fraude ou caso patente de histeria. Disse que nunca vira, em seus longos anos de prática médica, chagas daquele tipo e de comportamento tão imprevisível. A obra Mentira ou verdade, do médico Radlo, de Lemberg, escrita conjuntamente com Dabrovsky e Bogdanowitz, confirma a veracidade dos fenômenos. O livro Konnersreuth, hoje, do médico dr. Frolich, destruiu os últimos argumentos dos que pretendem ver em Teresa um caso comum de histeria ou perturbação nervosa.
Na Sexta-Feira Santa de 1951 as chagas deixaram de sangrar, como vinham fazendo há 25 anos. Uma semana antes cerca de trezentas pessoas assistiram aos estigmas sangrarem abundantemente. Um mês mais tarde os estigmas voltaram a sangrar e os fenômenos estranhos se multiplicaram até a morte de Teresa Neumann, em 1956.
Fonte: Grandes Enigmas da Humanidade, Luiz Carlos Lisboa e Roberto P. Andrade
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